sábado, 27 de fevereiro de 2021

 

A FAMÍLIA E A GENEALOGIA DE SÃO BERNARDO DE CLARAVAL

 

Em nosso Blog “SãoBernardodeClaraval-doPaim”, divulgamos a vida e obra de São Bernardo de Claraval num material denominado “O Homem que Retirou o Mundo da Escuridão”. Este material postado em meu Blog, discorre sobre a vida do santo, apresenta sua obra, e, principalmente, apresenta o comprometimento do mesmo com a fundação da “Ordem dos Cavaleiros do Templo do Rei Salomão” ou dos Templários. Neste trabalho nosso enfoque foi muito centralizado sobre sua vida e obra, falamos muito pouco sobre sua vida pessoal e sobre sua família ou sobre o seu círculo de relacionamento e de amizades.

Hoje, praticamente, 1.000 anos depois, apresentar sua família e genealogia, é uma excelente oportunidade inclusive de apresentar ou ilustrar um pouco a época na qual viveu, bem como as figuras ilustres com as quais se relacionou.

I.               Genealogia ou Ascendência (Numeração de Sosa-Stradonitz)

Neste sistema de numeração, o pai recebe um n° equivalente ao n° do filho X 2, e a mãe, recebe um n° equivalente ao n° do pai + 1. Assim, filho = 1, pai = 2, mãe = 2+1 = 3, avô paterno = 2 X 2 = 4, avó paterna = 4+1 = 5, e sucessivamente.

000 001. São Bernardo de Claraval

000 002. Tescelin de Chântillon Sur Seine

000 003. Aleth (Alette) de Montbard

000 004. Tescelin I de Chântillon Sur Seine

000 005. Saruc de Grancey

000 006. Bernard, I Senhor de Montbard (1040-1103)

000 007. Humberge de Tonnerre D'Angoulême 

000 012. Otton de Montbard (970-     )

000 014. Geoffroi, I Taillefer D'Angoulême 

000 015. Petronilla de Archiac (1000-1043)

000 024. Renard de Montbard, (Renaud, Reynard) (940-     )

000 028. Guillaume III Taillefer D’Angoulême (960-1028)

000 029. Gerberga D' Anjou (965-    )

000 030. Mainard Le Riche de Archaic (970-1030)

000 056. Arnaud-Manzer, “O Bastardo de Angoulême” (930-991)

000 057. Raingarde N

000 058. Geoffroy I "Grisegonnelle" Conde de Anjou (938-987)

000 059. Adelaide de Vermandois (950-982)

000 112. Guillaume II Taillefer D'Angoulême (903-962)

000 116. Foulques II, Conde D’Anjou (910-958)

000 117. Gerberge du Maine (913-952)

000 118. Robert de Vermandois Condado de Troyes (911-968)

000 119. Adelais Were de Vermandois (914-967)

000 224. Audouin I D'Angoulême (866-916)

000 232. Foulques I, Conde D'Anjou (888-938)

000 233. Roscille de La Villandry (884-920)

000 236. Herbert II conde de Vermandois (884-943)

000 237. Hildebrante Princesa da França (885-931), filha de Robert I, Rei da França e de Beatrice Condessa de Vermandois, filha de Herbert I “000 472.” á frente.

000 238. Giselbert Conde de Chalons (890-08/04/956)

000 239. Ermengarde de Burgundy (883-935)

000 448. Wulgrin I Taillefer D’Angoulême (830-886)

000 449. Rogelinde de Rouergue (842-886)

000 472. Herbert I Conde de Vermandois (840-902)

000 473. Bertha de Morvois Princesa da França (840-908), filha do Conde Rutpert III de Wormsgau (789-834) e de sua esposa Wiltrud de Orleans (785-824).

000 896. Ulrich I de Argengau (765-    )

000 897. Suzanne de PARIS (809-    ), filha de Begon I, Conde de Paris e de sua esposa Alpais da França.

000 944. Pepin (815-840), era filho de Bernard (797-818) e de sua esposa Cunigunde de Parma (      -835). Pelo seu pai, foi neto paterno de Pepin (777-810) e de Bertha de Toulouse. Pelo seu avô paterno, foi bisneto de Carlos I, “O Grande da França”, ou Carlos Magno, o Imperador Romano do Ocidente e de sua esposa Hildegarde de Vintzgau. 

Sua Bisavó, Hildegarde de Vintzgau, esposa de Carlos Magno, era irmã de Ulrich I de Argengau, retro citado em 000 896.

Desta forma continuamos pela ascendência de Ulrich I, comum também a sua irmã.

001 792. Gérold I de Vintzgau (725-786)

001 793. Emma D'Alemanha (730-786)

003 584. Hedo de Vintzgau (695-754)

003 585. Gerniu de Suávia (695-743)

003 586. Nébi D'Alemanha

003 587. Herswinde von Sachsen

007 168. Egiloff I de Vintzgau (670-726)

007 172. Huoling D'Alemanha

007 173. Berthe l'Ancienne da França

014 346. Thierry III (ou Teodorico) Merovíngio, Rei de Burgundy e Neustria (654-691)

014 347. Clotilde ou Doda, Santa Clotilde da França, Rainha dos Francos (650-699).

Como vimos, a ascendência de São Bernardo é clara e cristalina, a documentação é farta e facilmente comprovável. São Bernardo pertencia a família Montbard, Senhores da comunidade de Montbard, que ficava ao sul de Tonnerre, Troyes e Chaumont, e, que pertencia a região de Borgonha, ao sul de Champanhe Ardenas. Sua avó de Tonnerre, era oriunda de Angoulême e pertencente à família Taillfer, oriunda da Normandia.

Sua bisavó Geberga, era irmã de Foulque II, Conde de Anjou, bisavô de Fulque V, o 9° Conde de Anjou, pai de Geoffrey Plantageneta, Rei da Inglaterra, que se casou com a filha de Henry I, também Rei da Inglaterra, criando assim a dinastia Plantageneta. Fulque V, se casou uma segunda vez com Melisende, a filha de Balduíno, conde de Hainault e Flandres, e, que foi Rei de Jerusalém, e mais tarde viria a recepcionar e acolher os Templários no Domo da Rocha. Seu bisavô, por outro lado, pertenceu a família Taillfer, era tetraneto de Ulrich I de Argengau (765-    ) e de Suzanne de PARIS (809-    ), este último, irmão de Hildegarde de Vintzgau, esposa de Carlos Magno.

Sua ascendência, a partir de Ulrich, remete sua ascendência, por três ramos, à Alemanha, e, por um ramo, à Thierry III (Teodorico), Rei da França, e sua esposa Santa Clotilde. Teodorico, por sua vez, já é um dos últimos remanescentes da dinastia Merovíngia.

Voltando, ainda, a sua bisavó Geberga, além de sua ascendência a Geoffrey Conde de Anjou, sua ascendência, remete a família Vermandois, uma das mais importantes e proeminente da França, a Hildebrante e Bertha de Morvois, ambas princesas da França, e, portanto, filhas de Reis da França, e finalmente a Carlos Magno e sua esposa Hildegarde, retro citados.

Como vimos, São Bernardo de Claraval, pertencia a uma família importante, proeminente, e, com ligações estreitas com as famílias mais importantes da França, Inglaterra e de Jerusalém, isto, sem dúvida, foi decisivo para se obter o êxito na refundação e divulgação da Ordem de Cluny, como também para a fundação e implantação da Ordem dos Cavaleiros do Templo do Rei Salomão.

Seu sobrenome, adotado como abade, “Claraval, vem do francês Clair Vaux, que tem por origem o Vale (Vaux) de Saint Clair, local onde se instalou a Abadia de Claraval. As terras da Abadia, foram doadas pela família de Catherine SaintClair, terceira esposa de Hugh de Payens, fundador da Ordem dos Templários, e, filha de Sir Henry St Clair (Sinclair), 2° Senhor de Roslin (Midlotian Scotland 1060-1110 Midlotian Scotland) e de Rosabel St Clair de Roslin (Fourtieth of Strathearn) (Strathearn, Perthshire, Escócia 1065-1110).


I.               Interações Familiares e Genealogia Lateral e suas Descendências.

Sabemos que São Bernardo de Claraval, nascido em 1090, em 1113, se entregou a vida monástica ao deixar sua família e entrar para a catequese na Abadia de Cluny. A Abadia, pertencente a Ordem de Cluny, se encontrava em franca decadência. Em seus primeiros anos na Abadia, convocou e trouxe para a Abadia, um enorme contingente de amigos, parentes e irmãos; revertendo todas as tristes expectativas. Em seus primeiros anos fundou novas Abadias, e fortaleceu a Ordem de Cluny, e, por volta de 1120, participou da fundação da Ordem do Templo, ao redigir a ata de sua fundação. O Fundador principal, foi seu primo Hugh de Payens, que na companhia de nove primos, formou o primeiro grupo da Ordem dos Cavaleiros do Templo do Rei Salomão.

1.    Hugo de Payens

2.    Godofredo (Geoffrey) de Saint-Omer;

3.    Payen de Montdidier (ou Nirval de Montdidier);

4.    Archambaud de Saint Agnan (Saint- Aignan ou Saint-Amand)

5.    André de Montbard (tio de S. Bernardo);

6.    Godofredo (Geoffrey) Bison (Bissot ou Bissol)

7.    Rossal (Roland ou Rossel);

8.    Gondamer (Gondemarus)

9.    Hugo Rigaud

Assim, conhecer esta ligação de São Bernardo de Claraval e seu primo Hugh de Payens, e, possivelmente alguns destes nove cavaleiros, me parece fundamental. Contudo, esta, não é uma tarefa das mais fáceis; pois, como os Templários conquistaram muitos adversários, dentre eles o Rei da França, que 200 anos mais tarde seria o responsável pela sua extinção, com a execução de quase todos os seus membros, todos os documentos relativos à eles foram destruídos.

Quase toda a documentação da Ordem sumiu ou foi destruída, as relações de seus membros, as suas genealogias, os tesouros e patrimônio que possuíam, e, uma série de artefatos religiosos relacionados a crucificação de Cristo, ao Santo Graal e a Arca da Aliança, todos eles sumiram sem deixar vestígios. Estes fatos, acabaram por cercar a sua história com lendas e mistérios os mais fantasiosos possíveis, dentre eles, algumas genealogias, ascendentes e descendentes, principalmente, de Hugh de Payens.

Assim, o que iremos apresentar, é aquilo que possui registro histórico contemporâneo, e que nos parece o mais próximo da história real.

1° Casamento de Hugh de Payens com Émeline Touillon, antes de 1.100 dC e a sua ligação com a família Montbard.


No quadro acima, vimos que Émeline Touillon era prima irmã da Dama de Touillon e de seu marido Gaudry de Montbard. Gaudry, pelo casamento, herdou o Senhorio de Touillon, era irmão de André de Montbard e de Aleth, a mãe de São Bernardo. Portanto, Bernardo e Hughe de Payens, eram primos em segundo grau, embora, indiretamente, já que ambos eram agregados.

2° casamento de Hugh de Payens com Elisabeth de Chappes, ocorrido em 1.107. Elizabeth era filha de Clarembaud, II Senhor de Chappes e Visconde de Troyes e de Aélis du Donjon de Brienne. Deste casamento eles tiveram quatro filhos como mostra o quadro abaixo:

A título de curiosidade, Elisabeth de Chappes possuía uma irmã, também, chamada Emelinne, a mesma se casou com Zacharie, Senhor de Saint-Sépulcro; desconheço que havia um senhorio com este nome, provavelmente em Jerusalém. Seu pai, integrou as forças que lutaram na 1a grande cruzada, e, o mesmo, possuiu uma irmã não identificada que se casou com Geoffrey de Troyes, administrador do conde Hugues I de Champagne, a quem eram muito ligados.


Vale lembrar que este casamento ocorreu em 1.107, mais de 10 anos antes da fundação da Ordem dos Templários, onde além de Hugh de Payens e de São Bernardo, Hughes I de Champagne, foi um dos principais artífices, o qual acompanhou Payens pelo menos por duas vezes, antes da fundação, para apresentá-lo a Balduíno II, Rei de Jerusalém, que só assumiu em 1.118. Balduíno II, foi ainda sogro de Fulque V de Anjou, o bisneto de Fulque II de Anjou, irmão de Geberga de Anjou, trisavó de Bernardo de Claraval.

É importante ressaltar, que em 1.099, Geoffrey (Godofredo) de Bulhão, fundou a “Ordem Equestre dos Cavaleiros do Santo Sepulcro de Jerusalém”, com o objetivo de suprir as necessidades do patriarcado latino de Jerusalém.

BRASÃO DE ARMAS DA ORDEM DO SANTO SEPULCRO

I.               3° casamento de Hugh de Payens com Catherine de Saint Clair

Este terceiro casamento de Hugh de Payens, não encontra muita sustentação histórica, as menções a ele, estão meio que restritas a registros do Priorado do Sião. Catherine Saint Clair, por outro lado, existiu, sua família aparece como doadora de terras no “Vale de Saint Clair” (Clair Vaux), para a construção da Abadia de Claraval.

O pai de Catherine, Henry Saint Clair, foi o 2° Senhor de Roslin, uma Vila ao Sul de Edimburg, na Escócia. A Capela de Roslyn, teria sido construída em 1446, por William Sinclair, 1° conde de Caitness, com recursos da família em terreno doado pela mesma. Roslyn foi, ainda, palco da primeira grande batalha pela independência da Escócia.

Henry Saint Clair, o pai de Catherine, foi, ainda, penta neto de Rollo Duque da Normandia e de sua esposa Poppa de Bayeux. Henry I Sinclair, Conde de Orkney, Senhor de Roslin (1345 - 1400), avô de William Sinclair, 1° conde de Caitness, ficou famoso por ter coordenado explorações na Groenlândia e na América do Norte quase 100 anos antes de Cristóvão Colombo; na América do Norte, a região visitada e explorada, hoje, é denominada Nova Escócia. Este último Henry, é salvo engano, pentaneto do primeiro, por William Saint Clair, irmão de Catherine.

A descendência de Hugh de Payens e de Catherine de Saint Clair, através de seu filho Thomas de Payen I (Market Bosworth, Leicestershire England 1130-1174 Market Bosworth, Leicestershire England), identificado no quadro acima, nos parece uma construção mal feita, seus descendentes e as datas em que teriam nascido e falecido, não são compatíveis àqueles normalmente encontrados nas pesquisas genealógicas, de outro lado, não existem registros históricos que os corroborem, e, algumas informações encontradas, contradizem esta construção. Por este motivo, nos abstemos de apresenta-las.

I.               Genealogia Provável de Hugh de Payens

A ascendência de Hugh de Payens, também, não é uma tarefa fácil de ser reconstruída, as informações genealógicas e pessoais, ou foram perdidas ou destruídas, há relatos de um certo incêndio que teria alcançado os registros templários. De toda a forma, outros relatos contemporâneos e genealogias laterais, e, alguns registros de outras serventias, apresentam uma ou outra informação, que nos permitiu chegar, senão a ascendência exata, á uma muito próxima. Assim, a meta de ilustrar o ambiente da época, acredito ter sido atingido. Fragmentos desta ascendência, são oficiais e estão disponíveis em documentos da época.

1.    Ascendência de Hugh de Payens com comentários.

000 001. Sir Hugh de Payns, (Chateau de Mahun, nr Annonay, Rhone Valley, França 09 de fevereiro 1070 - 1136), II Senhor de Montigny-Lagesse.

Conforme anteriormente comentado e apresentado teve 3 casamentos, todos descritos nos tópicos anteriores.

000 002. Hugues Payens, I Senhor de Montigny (Ardeche França 1064-1136)

Hughes I Senhor de Montigny teve dois casamentos, no primeiro com Matilde de Montigny, recebeu pelo casamento e por direito hereditário o título de Senhor de Montigny, deste casamento, teve apenas o filho Gautier de Montigny, Senhor de Montigny, para pouco depois perder sua esposa, quando então se casou pela segunda vez.

000 003. 2a Esposa Helie de Montbard ou Angélica Doukas

No exame detalhado da ascendência de Hugh de Payens, inúmeros relatos citam Helie Montbard como sua segunda esposa, alguns poucos relatos citam, no entanto, Angélica Doukas. No exame da genealogia da família Montbard, no entanto, não encontramos relatos relacionados a Helie Montbard, uma suposta irmã de Aletth Montbard, ao contrário, encontramos menções de seis filhos (quatro identificados) e uma filha. De toda a forma, esta segunda esposa teria sido a mãe de Hugh de Payens, II de Montigny.

A opção de Helie de Montbard como a mãe de Hugh, o colocaria como primo irmão de Bernardo de Claraval.

000 004. Tibaud de Payen, "The Pagan of Domesday (*)" (Normandia 1035-1094 Market Bosworth, Leicestershire Inglaterrra)

(*) Domesday, é o nome da coleção de livros de um levantamento criterioso e detalhado da população (Censo), das propriedades e das aldeias e províncias da Inglaterra. Este levantamento foi ordenado por William (Guillaume) “O Conquistador”, com o intuito de definir e conhecer as bases de sua administração no território inglês recém conquistado. Só a partir daí, a Inglaterra passou a ter um inventário de seu território. Tibauld, foi o genro de Ranulf Payn Peverel, braço direito e homem de confiança de William “O Conquistador”, e, esteve ao seu lado nesta batalha; logo Tibauld, provavelmente, esteve comprometido com a organização e coordenação deste levantamento.

000 005. Elizabeth de Payens (1038-1092)

Elisabeth de Payens, possui uma citação de que seria a irmã mais nova de Adelaide Eva Depiney (born de Payen) (998-  ), a avó de seu marido Thibauld. Esta, contudo, é uma hipótese pouco provável, já que a cronologia seria incompatível com a de seu pai Ranulf. A hipótese mais provável, é que ela fosse irmã de seu avô paterno, o que seria cronologicamente e geograficamente possível, mas que não conta com relatos ou registros que a corroborem.

 Elisabeth, ainda, foi irmã de lei de William Peverel “O Velho”, filho, na realidade de Guillaume “O Conquistador”, Rei da Normandia e da Inglaterra, ex amante de Maud Ingelrica, e, que se casou com Maud de Flandres. Foi também irmã de Payne Peverel, Emma Peverel, Robert Peverel e Hamon Peverel.

000 008. Thibault De Payen, "O mouro de Gardille" (Normandia 1012-1064 Market Bosworth, Leicestershire Inglaterra).

Thibauld foi ainda o pai de Adelaide de Payen Lanquedoc (Champagne Ardenne 1036-1098), e mais 6 filhos. Sua filha Adelaide casou-se com Hugues de Vexin, Senhor de Chaumont.

000 009. Catherine Neville (998-1064), casou em 1034

000 010. Ranulf Payn Pefr (Pefr = Pefreall) Wrenoc (Gronwy em galês) Peverel, (Vengeons, Manche, Normandia, (agora França) 1030-1091) de Hatfield, Braintree, Essex, Inglaterra), casou em 1072.

Aqui temos uma estória que não podemos deixar de relatar:

Guillaume Peverel (1028-1087), “O Conquistador”, duque da Normandia, tetraneto de Rollo da Normandia, que conquistou a Inglaterra em 1066, através da batalha de Hastings, contra o exército inglês de Haroldo II, teve ao seu lado, seu maior escudeiro e fiel amigo Ranulpf Payn Wrenos Peverel.

Na Normandia, Guillaume, vivia maritalmente com Maud Ingelrica (1033-1083), filha do Saxão Ingelric. Ocorre que as pretensões de poder de Guillaume, que ansiava por comandar a Normandia, não propiciaram que esta união fosse a frente, já que Maud era considerada uma plebeia, e, para se consolidar como líder, Guillaume precisava se envolver e se comprometer com Maud de Flandres, filha de Balduíno V, conde de Flandres, e de Adela de França, e, que, pelo fato de ela ser descendente de Alfredo, o Grande, rei da Inglaterra, a tornava uma das razões pela qual Guilherme da Normandia, pediu-a em casamento, pois já nutria fortes ambições pelo Reino da Inglaterra.

Contudo, seu relacionamento com Maud Ingelrica era muito prospero, e, ambos já haviam tido o seu primeiro filho, William (Guillaume) Peverel “O Velho”. Assim confabulando com seu amigo e grande conselheiro Ranulf Paym Peverel, acordaram que o mesmo se casaria com Maud Ingelrica e assumiria a paternidade formal de Wiliiam, já que o mesmo como seu filho não poderia ser distinguido dos demais e ser seu futuro herdeiro.

Assim começava o casamento de Ranulf e Maud, através do qual Ranulf seria o pai de mais três filhos e da filha Emma.

Ranulf, por sua vez, também era de família nobre, oriundo, originalmente do País de Gales, trineto de Tudor Trevor, pertencia a dinastia de mesmo nome, sendo a primeira e a maior da Bretanha, e a primeira a se utilizar de um brasão de armas em seus escudos, o qual portava a figura lendária de um dragão. Sua dinastia constava e era descrita no famoso Mabinogion, literatura britânica lendária, compilada nos séculos XII e XIII, no galês médio.

000 011. Maud (Êthelida) Ingelrica (Saint Martin's le Grand, Londres, Middlesex, Inglaterra 1032-1083), casou em 1046.

Maud fundou, no tempo do rei William Rufus, um colégio de cânones seculares dedicado a Santa Maria Madalena" em Hatfield, para onde mudou e viveu até o fim de seus dias.

“Este, pelo que sei, é o primeiro registro que conectam a figura de Maria Madalena com personagens próximos aos templários, embora a Abadia de Vezelay, que abrigou suas relíquias fosse próxima a Abadia de Claraval, e que teve Bernardo como um de seus curadores.”

000 016. Dreux (Eudes de Dreux) Geoffroy de Chaumont d'Amiens Depiney (993-1035)

Embora tivesse tido um segundo casamento com Godgifu [Goda] da Inglaterra, com o qual se notabilizou, já que esta era filha de Êthelred II O Rei Não Preparado da Inglaterra e de Emma da Normandia, com Eva segundo relatos, desenvolveu uma ampla descendência com o patronímio “Chaumont em Vexin”, dentre eles Thibauld, que viria a ser o bisavô do fundador dos templários, Hugh de Payens.

000 017. Adelaide Eva Depiney (born De Payen) (998-     ).

Adelaide ou Eva, é citada como uma irmã de Ezizabeth, mas como disse, cronologicamente e geograficamente, estaria mais próxima de ser irmã de Gronwy Payn Pefr ap Y Gwreng, o pai de Ranulf Payn. Aqui, consideramos o seu pai como desconhecido.

000 020. Gronwy Payn Pefr ap Y Gwreng (995-     )

000 022. Príncipe Ingelric da Inglaterra (Saint Martin's, Londres, Middlesex, Inglaterra 1006-1032 Inglaterra)

000 032. Gautier (Walter) II de Vexin, Mantes, Amiens e Valois (955-1017)

Gautier (Walter), era irmão de Hughes I de Chaumont (1050-1138), pai de Hugues de Chaumont, I Senhor de Gisors (1032 - 1075) e de Régnier de Chaumont (1040-  ); irmão de Foulques ou Geoffroy de Chaumont-en-Vexin (960-1032), que casou em 983 com Berthilde de Montmorency (970-1019). Ele e seus dois irmãos concentraram o seio da família Chaumont em Vexin. Seus pais foram Gautier I, conde de Vexin Amiens e Valois (920-992) e Adèle d'Anjou, seu avô paterno, Raoul de Valois (885-925) e Eldegarde de Valois e d' Amiens. 

O irmão Gautier, Foulques ou Geoffroy, que casou em 983 com Berthilde de Montmorency (970-1019), se constitui no elo de ligação da família Chaumont e a família Montmorency e seus agregados Gisors, Ramerupt e Danmartim, a qual tem entre seus descendentes Thibaud Ier Le Payen de Gisors (1055-1130) casado com Mathilde de Montmorency (1072-1135). Não confundir este último com Thibauld Payen, respetivamente, pai e avô de Hugh I de Payens.

000 033. Adèle de Senlis (960-1012)

000 040. Y Gwreng ap Gronwy (Trevor, Denbighshire, País de Gales 970-    )

000 044. Êthelred II O Rei Não Preparado da Inglaterra (Wessex, Grã-Bretanha (agora Inglaterra) 968-1016).

000 045. Emma da Normandia (Normandia, (agora França) 986-1052 Inglaterra)

000 080. Gronwy ap Tudor (Trevor, Denbighshire, País de Gales 940-     )

000 081. Esposa Saxônica de Gronwy ap Tudor (950-     )

000 160. Turdor Trevor ab Ynyr (Trevor, Denbighshire, País de Gales 903-940 País de Gales

000 0161. Angharad ferch Hywel (Dynev, Llan, Carmarthenshire, País de Gales 915-940 País de Gales.

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