A
FAMÍLIA E A GENEALOGIA DE SÃO BERNARDO DE CLARAVAL
Em nosso Blog “SãoBernardodeClaraval-doPaim”, divulgamos
a vida e obra de São Bernardo de Claraval num material denominado “O Homem que
Retirou o Mundo da Escuridão”. Este material postado em meu Blog, discorre
sobre a vida do santo, apresenta sua obra, e, principalmente, apresenta o
comprometimento do mesmo com a fundação da “Ordem dos Cavaleiros do Templo do
Rei Salomão” ou dos Templários. Neste trabalho nosso enfoque foi muito
centralizado sobre sua vida e obra, falamos muito pouco sobre sua vida pessoal
e sobre sua família ou sobre o seu círculo de relacionamento e de amizades.
Hoje, praticamente, 1.000 anos
depois, apresentar sua família e genealogia, é uma excelente oportunidade
inclusive de apresentar ou ilustrar um pouco a época na qual viveu, bem como as
figuras ilustres com as quais se relacionou.
I.
Genealogia ou Ascendência (Numeração de Sosa-Stradonitz)
Neste sistema de numeração, o
pai recebe um n° equivalente ao n° do filho X 2, e a mãe, recebe um n°
equivalente ao n° do pai + 1. Assim, filho = 1, pai = 2, mãe = 2+1 = 3, avô
paterno = 2 X 2 = 4, avó paterna = 4+1 = 5, e sucessivamente.
000
001. São Bernardo de Claraval
000
002. Tescelin de Chântillon Sur Seine
000
003. Aleth (Alette) de Montbard
000
004. Tescelin I de Chântillon Sur Seine
000
005. Saruc de Grancey
000
006. Bernard, I Senhor de Montbard (1040-1103)
000
007. Humberge de Tonnerre D'Angoulême
000
012. Otton de Montbard (970- )
000
014. Geoffroi, I Taillefer D'Angoulême
000
015. Petronilla de Archiac (1000-1043)
000
024. Renard de Montbard, (Renaud, Reynard) (940- )
000
028. Guillaume III Taillefer D’Angoulême (960-1028)
000
029. Gerberga D' Anjou (965- )
000
030. Mainard Le Riche de Archaic (970-1030)
000
056. Arnaud-Manzer, “O Bastardo de Angoulême” (930-991)
000
057. Raingarde N
000
058. Geoffroy I "Grisegonnelle" Conde de Anjou (938-987)
000
059. Adelaide de Vermandois (950-982)
000
112. Guillaume II Taillefer D'Angoulême (903-962)
000
116. Foulques II, Conde D’Anjou (910-958)
000
117. Gerberge du Maine (913-952)
000
118. Robert de Vermandois Condado de Troyes (911-968)
000
119. Adelais Were de Vermandois (914-967)
000
224. Audouin I D'Angoulême (866-916)
000
232. Foulques I, Conde D'Anjou (888-938)
000
233. Roscille de La Villandry (884-920)
000
236. Herbert II conde de Vermandois (884-943)
000
237. Hildebrante Princesa da França (885-931), filha de Robert I, Rei da França
e de Beatrice Condessa de Vermandois, filha de Herbert I “000 472.” á frente.
000 238. Giselbert Conde de Chalons
(890-08/04/956)
000 239. Ermengarde de Burgundy (883-935)
000 448. Wulgrin I Taillefer D’Angoulême
(830-886)
000 449. Rogelinde de Rouergue (842-886)
000 472. Herbert I Conde de Vermandois
(840-902)
000 473. Bertha de Morvois Princesa da
França (840-908), filha do Conde Rutpert III de Wormsgau (789-834) e de sua
esposa Wiltrud de Orleans (785-824).
000 896. Ulrich I de Argengau (765- )
000 897. Suzanne de PARIS (809- ), filha de Begon I, Conde de Paris e de
sua esposa Alpais da França.
000 944. Pepin (815-840), era filho de Bernard
(797-818) e de sua esposa Cunigunde de Parma ( -835). Pelo seu pai, foi neto paterno de Pepin
(777-810) e de Bertha de Toulouse. Pelo seu avô paterno, foi bisneto de Carlos
I, “O Grande da França”, ou Carlos Magno, o Imperador Romano do Ocidente e de
sua esposa Hildegarde de Vintzgau.
Sua Bisavó, Hildegarde de Vintzgau, esposa
de Carlos Magno, era irmã de Ulrich I de Argengau, retro citado em 000 896.
Desta forma continuamos pela ascendência
de Ulrich I, comum também a sua irmã.
001 792. Gérold I de Vintzgau (725-786)
001 793. Emma D'Alemanha (730-786)
003 584. Hedo de Vintzgau (695-754)
003 585. Gerniu de Suávia (695-743)
003 586. Nébi D'Alemanha
003 587. Herswinde von Sachsen
007 168. Egiloff I de Vintzgau (670-726)
007 172. Huoling D'Alemanha
007 173. Berthe l'Ancienne da França
014 346. Thierry III (ou Teodorico)
Merovíngio, Rei de Burgundy e Neustria (654-691)
014 347. Clotilde ou Doda, Santa
Clotilde da França, Rainha dos Francos (650-699).
Como vimos, a ascendência de São Bernardo
é clara e cristalina, a documentação é farta e facilmente comprovável. São
Bernardo pertencia a família Montbard, Senhores da comunidade de Montbard, que
ficava ao sul de Tonnerre, Troyes e Chaumont, e, que pertencia a região de
Borgonha, ao sul de Champanhe Ardenas. Sua avó de Tonnerre, era oriunda de
Angoulême e pertencente à família Taillfer, oriunda da Normandia.
Sua bisavó Geberga, era irmã de Foulque
II, Conde de Anjou, bisavô de Fulque V, o 9° Conde de Anjou, pai de Geoffrey
Plantageneta, Rei da Inglaterra, que se casou com a filha de Henry I, também
Rei da Inglaterra, criando assim a dinastia Plantageneta. Fulque V, se casou
uma segunda vez com Melisende, a filha de Balduíno, conde de Hainault e
Flandres, e, que foi Rei de Jerusalém, e mais tarde viria a recepcionar e
acolher os Templários no Domo da Rocha. Seu bisavô, por outro lado, pertenceu a
família Taillfer, era tetraneto de Ulrich I de Argengau (765- ) e de Suzanne de PARIS (809- ), este último, irmão de Hildegarde de
Vintzgau, esposa de Carlos Magno.
Sua ascendência, a partir de Ulrich,
remete sua ascendência, por três ramos, à Alemanha, e, por um ramo, à Thierry
III (Teodorico), Rei da França, e sua esposa Santa Clotilde. Teodorico, por sua
vez, já é um dos últimos remanescentes da dinastia Merovíngia.
Voltando, ainda, a sua bisavó Geberga,
além de sua ascendência a Geoffrey Conde de Anjou, sua ascendência, remete a
família Vermandois, uma das mais importantes e proeminente da França, a
Hildebrante e Bertha de Morvois, ambas princesas da França, e, portanto, filhas
de Reis da França, e finalmente a Carlos Magno e sua esposa Hildegarde, retro
citados.
Como vimos, São Bernardo de Claraval,
pertencia a uma família importante, proeminente, e, com ligações estreitas com
as famílias mais importantes da França, Inglaterra e de Jerusalém, isto, sem
dúvida, foi decisivo para se obter o êxito na refundação e divulgação da Ordem
de Cluny, como também para a fundação e implantação da Ordem dos Cavaleiros do
Templo do Rei Salomão.
Seu sobrenome, adotado como abade,
“Claraval, vem do francês Clair Vaux, que tem por origem o Vale (Vaux) de Saint
Clair, local onde se instalou a Abadia de Claraval. As terras da Abadia, foram
doadas pela família de Catherine SaintClair, terceira esposa de Hugh de Payens,
fundador da Ordem dos Templários, e, filha de Sir Henry St Clair (Sinclair), 2°
Senhor de Roslin (Midlotian Scotland 1060-1110 Midlotian Scotland) e de Rosabel
St Clair de Roslin (Fourtieth of Strathearn) (Strathearn, Perthshire, Escócia
1065-1110).
I.
Interações Familiares e Genealogia
Lateral e suas Descendências.
Sabemos que São Bernardo de
Claraval, nascido em 1090, em 1113, se entregou a vida monástica ao deixar sua
família e entrar para a catequese na Abadia de Cluny. A Abadia, pertencente a
Ordem de Cluny, se encontrava em franca decadência. Em seus primeiros anos na
Abadia, convocou e trouxe para a Abadia, um enorme contingente de amigos,
parentes e irmãos; revertendo todas as tristes expectativas. Em seus primeiros
anos fundou novas Abadias, e fortaleceu a Ordem de Cluny, e, por volta de 1120,
participou da fundação da Ordem do Templo, ao redigir a ata de sua fundação. O
Fundador principal, foi seu primo Hugh de Payens, que na companhia de nove
primos, formou o primeiro grupo da Ordem dos Cavaleiros do Templo do Rei
Salomão.
1. Hugo de Payens
2. Godofredo (Geoffrey) de Saint-Omer;
3. Payen de Montdidier (ou Nirval de Montdidier);
4. Archambaud de Saint Agnan (Saint- Aignan ou
Saint-Amand)
5. André de Montbard (tio de S. Bernardo);
6. Godofredo (Geoffrey) Bison (Bissot ou Bissol)
7. Rossal (Roland ou Rossel);
8. Gondamer (Gondemarus)
9. Hugo Rigaud
Assim, conhecer esta ligação de São
Bernardo de Claraval e seu primo Hugh de Payens, e, possivelmente alguns destes
nove cavaleiros, me parece fundamental. Contudo, esta, não é uma tarefa das
mais fáceis; pois, como os Templários conquistaram muitos adversários, dentre
eles o Rei da França, que 200 anos mais tarde seria o responsável pela sua
extinção, com a execução de quase todos os seus membros, todos os documentos
relativos à eles foram destruídos.
Quase toda a documentação da Ordem sumiu
ou foi destruída, as relações de seus membros, as suas genealogias, os tesouros
e patrimônio que possuíam, e, uma série de artefatos religiosos relacionados a
crucificação de Cristo, ao Santo Graal e a Arca da Aliança, todos eles sumiram
sem deixar vestígios. Estes fatos, acabaram por cercar a sua história com
lendas e mistérios os mais fantasiosos possíveis, dentre eles, algumas
genealogias, ascendentes e descendentes, principalmente, de Hugh de Payens.
Assim, o que iremos apresentar, é aquilo
que possui registro histórico contemporâneo, e que nos parece o mais próximo da
história real.
1° Casamento de Hugh de Payens com Émeline
Touillon, antes de 1.100 dC e a sua ligação com a família Montbard.
No quadro acima, vimos que
Émeline Touillon era prima irmã da Dama de Touillon e de seu marido Gaudry de
Montbard. Gaudry, pelo casamento, herdou o Senhorio de Touillon, era irmão de
André de Montbard e de Aleth, a mãe de São Bernardo. Portanto, Bernardo e Hughe
de Payens, eram primos em segundo grau, embora, indiretamente, já que ambos eram
agregados.
2° casamento de Hugh de Payens
com Elisabeth de Chappes, ocorrido em 1.107. Elizabeth era filha de Clarembaud,
II Senhor de Chappes e Visconde de Troyes e de Aélis du Donjon de Brienne.
Deste casamento eles tiveram quatro filhos como mostra o quadro abaixo:
A título de curiosidade,
Elisabeth de Chappes possuía uma irmã, também, chamada Emelinne, a mesma se
casou com Zacharie,
Senhor de Saint-Sépulcro; desconheço que havia um senhorio com este nome,
provavelmente em Jerusalém. Seu pai, integrou as forças que lutaram na 1a grande
cruzada, e, o mesmo, possuiu uma irmã não identificada que se casou com
Geoffrey de Troyes, administrador do conde Hugues I de Champagne,
a quem eram muito ligados.
Vale lembrar que este casamento ocorreu em 1.107, mais de 10
anos antes da fundação da Ordem dos Templários, onde além de Hugh de Payens e
de São Bernardo, Hughes I de Champagne, foi um dos principais artífices, o qual
acompanhou Payens pelo menos por duas vezes, antes da fundação, para
apresentá-lo a Balduíno II, Rei de Jerusalém, que só assumiu em 1.118. Balduíno
II, foi ainda sogro de Fulque V de Anjou, o bisneto de Fulque II de Anjou,
irmão de Geberga de Anjou, trisavó de Bernardo de Claraval.
É importante ressaltar, que em 1.099, Geoffrey (Godofredo) de
Bulhão, fundou a “Ordem Equestre dos Cavaleiros do Santo Sepulcro de Jerusalém”,
com o objetivo de suprir as necessidades do patriarcado latino de Jerusalém.
BRASÃO DE ARMAS DA ORDEM DO SANTO SEPULCRO
I.
3° casamento de Hugh de Payens com Catherine de
Saint Clair
Este terceiro casamento de
Hugh de Payens, não encontra muita sustentação histórica, as menções a ele,
estão meio que restritas a registros do Priorado do Sião. Catherine Saint
Clair, por outro lado, existiu, sua família aparece como doadora de terras no
“Vale de Saint Clair” (Clair Vaux), para a construção da Abadia de Claraval.
Henry Saint Clair, o pai de Catherine, foi, ainda, penta neto de Rollo Duque da Normandia e de sua esposa Poppa de Bayeux. Henry I Sinclair, Conde de Orkney, Senhor de Roslin (1345 - 1400), avô de William Sinclair, 1° conde de Caitness, ficou famoso por ter coordenado explorações na Groenlândia e na América do Norte quase 100 anos antes de Cristóvão Colombo; na América do Norte, a região visitada e explorada, hoje, é denominada Nova Escócia. Este último Henry, é salvo engano, pentaneto do primeiro, por William Saint Clair, irmão de Catherine.
A descendência de Hugh de
Payens e de Catherine de Saint Clair, através de seu filho Thomas de Payen I
(Market Bosworth, Leicestershire England 1130-1174 Market Bosworth,
Leicestershire England), identificado no quadro acima, nos parece uma
construção mal feita, seus descendentes e as datas em que teriam nascido e
falecido, não são compatíveis àqueles normalmente encontrados nas pesquisas
genealógicas, de outro lado, não existem registros históricos que os
corroborem, e, algumas informações encontradas, contradizem esta construção.
Por este motivo, nos abstemos de apresenta-las.
I.
Genealogia Provável de Hugh de Payens
A ascendência de Hugh de
Payens, também, não é uma tarefa fácil de ser reconstruída, as informações
genealógicas e pessoais, ou foram perdidas ou destruídas, há relatos de um certo
incêndio que teria alcançado os registros templários. De toda a forma, outros relatos
contemporâneos e genealogias laterais, e, alguns registros de outras
serventias, apresentam uma ou outra informação, que nos permitiu chegar, senão
a ascendência exata, á uma muito próxima. Assim, a meta de ilustrar o ambiente
da época, acredito ter sido atingido. Fragmentos desta ascendência, são
oficiais e estão disponíveis em documentos da época.
1.
Ascendência de Hugh de Payens com comentários.
000 001. Sir Hugh de Payns,
(Chateau de Mahun, nr Annonay, Rhone Valley, França 09 de fevereiro 1070 -
1136), II Senhor de Montigny-Lagesse.
Conforme anteriormente
comentado e apresentado teve 3 casamentos, todos descritos nos tópicos
anteriores.
000 002. Hugues Payens, I
Senhor de Montigny (Ardeche França 1064-1136)
Hughes I Senhor de Montigny
teve dois casamentos, no primeiro com Matilde de Montigny, recebeu pelo
casamento e por direito hereditário o título de Senhor de Montigny, deste
casamento, teve apenas o filho Gautier de Montigny, Senhor de Montigny, para
pouco depois perder sua esposa, quando então se casou pela segunda vez.
000 003. 2a Esposa Helie de
Montbard ou Angélica Doukas
No exame detalhado da
ascendência de Hugh de Payens, inúmeros relatos citam Helie Montbard como sua
segunda esposa, alguns poucos relatos citam, no entanto, Angélica Doukas. No
exame da genealogia da família Montbard, no entanto, não encontramos relatos
relacionados a Helie Montbard, uma suposta irmã de Aletth Montbard, ao
contrário, encontramos menções de seis filhos (quatro identificados) e uma
filha. De toda a forma, esta segunda esposa teria sido a mãe de Hugh de Payens,
II de Montigny.
A opção de Helie de Montbard
como a mãe de Hugh, o colocaria como primo irmão de Bernardo de Claraval.
000 004. Tibaud de Payen,
"The Pagan of Domesday (*)" (Normandia 1035-1094 Market
Bosworth, Leicestershire Inglaterrra)
(*) Domesday, é o nome da
coleção de livros de um levantamento criterioso e detalhado da população
(Censo), das propriedades e das aldeias e províncias da Inglaterra. Este
levantamento foi ordenado por William (Guillaume) “O Conquistador”, com o
intuito de definir e conhecer as bases de sua administração no território
inglês recém conquistado. Só a partir daí, a Inglaterra passou a ter um
inventário de seu território. Tibauld, foi o genro de Ranulf Payn Peverel,
braço direito e homem de confiança de William “O Conquistador”, e, esteve ao
seu lado nesta batalha; logo Tibauld, provavelmente, esteve comprometido com a
organização e coordenação deste levantamento.
000 005. Elizabeth de
Payens (1038-1092)
Elisabeth de Payens, possui
uma citação de que seria a irmã mais nova de Adelaide Eva Depiney (born de
Payen) (998- ), a avó de seu marido
Thibauld. Esta, contudo, é uma hipótese pouco provável, já que a cronologia
seria incompatível com a de seu pai Ranulf. A hipótese mais provável, é que ela
fosse irmã de seu avô paterno, o que seria cronologicamente e geograficamente
possível, mas que não conta com relatos ou registros que a corroborem.
Elisabeth, ainda, foi irmã de lei de William
Peverel “O Velho”, filho, na realidade de Guillaume “O Conquistador”, Rei da
Normandia e da Inglaterra, ex amante de Maud Ingelrica, e, que se casou com
Maud de Flandres. Foi também irmã de Payne Peverel, Emma Peverel, Robert
Peverel e Hamon Peverel.
000 008. Thibault De Payen,
"O mouro de Gardille" (Normandia 1012-1064 Market Bosworth,
Leicestershire Inglaterra).
Thibauld foi ainda o pai de Adelaide
de Payen Lanquedoc (Champagne Ardenne 1036-1098), e mais 6 filhos. Sua
filha Adelaide casou-se com Hugues de Vexin, Senhor de Chaumont.
000 009. Catherine
Neville (998-1064), casou em 1034
000
010. Ranulf Payn Pefr (Pefr = Pefreall) Wrenoc (Gronwy em galês) Peverel, (Vengeons,
Manche, Normandia, (agora França) 1030-1091) de Hatfield, Braintree, Essex,
Inglaterra), casou em 1072.
Aqui
temos uma estória que não podemos deixar de relatar:
Guillaume
Peverel (1028-1087), “O Conquistador”, duque da Normandia, tetraneto de Rollo
da Normandia, que conquistou a Inglaterra em 1066, através da batalha de
Hastings, contra o exército inglês de Haroldo II, teve ao seu lado, seu maior
escudeiro e fiel amigo Ranulpf Payn Wrenos Peverel.
Na
Normandia, Guillaume, vivia maritalmente com Maud Ingelrica (1033-1083), filha
do Saxão Ingelric. Ocorre que as pretensões de poder de Guillaume, que ansiava
por comandar a Normandia, não propiciaram que esta união fosse a frente, já que
Maud era considerada uma plebeia, e, para se consolidar como líder, Guillaume
precisava se envolver e se comprometer com Maud de Flandres, filha
de Balduíno V, conde de Flandres, e de Adela de França, e, que, pelo
fato de ela ser descendente de Alfredo, o Grande, rei da Inglaterra,
a tornava uma das razões pela qual Guilherme da Normandia, pediu-a em
casamento, pois já nutria fortes ambições pelo Reino da Inglaterra.
Contudo, seu
relacionamento com Maud Ingelrica era muito prospero, e, ambos já haviam tido o
seu primeiro filho, William (Guillaume) Peverel “O Velho”. Assim confabulando
com seu amigo e grande conselheiro Ranulf Paym Peverel, acordaram que o mesmo
se casaria com Maud Ingelrica e assumiria a paternidade formal de Wiliiam, já
que o mesmo como seu filho não poderia ser distinguido dos demais e ser seu
futuro herdeiro.
Assim começava o
casamento de Ranulf e Maud, através do qual Ranulf seria o pai de mais três
filhos e da filha Emma.
Ranulf,
por sua vez, também era de família nobre, oriundo, originalmente do País de
Gales, trineto de Tudor Trevor, pertencia a dinastia de mesmo nome, sendo a
primeira e a maior da Bretanha, e a primeira a se utilizar de um brasão de
armas em seus escudos, o qual portava a figura lendária de um dragão. Sua
dinastia constava e era descrita no famoso Mabinogion, literatura britânica
lendária, compilada nos séculos XII e XIII, no galês médio.
000
011. Maud (Êthelida) Ingelrica (Saint Martin's le Grand, Londres,
Middlesex, Inglaterra 1032-1083), casou em 1046.
Maud
fundou, no tempo do rei William Rufus, um colégio de cânones seculares dedicado
a Santa Maria Madalena" em Hatfield, para onde mudou e viveu até o fim de
seus dias.
“Este, pelo que sei, é o primeiro
registro que conectam a figura de Maria Madalena com personagens próximos aos
templários, embora a Abadia de Vezelay, que abrigou suas relíquias fosse
próxima a Abadia de Claraval, e que teve Bernardo como um de seus curadores.”
000 016. Dreux (Eudes de Dreux)
Geoffroy de Chaumont d'Amiens Depiney (993-1035)
Embora
tivesse tido um segundo casamento com Godgifu [Goda] da Inglaterra,
com o qual se notabilizou, já que esta era filha de Êthelred II O Rei Não
Preparado da Inglaterra e de Emma da Normandia, com Eva segundo relatos, desenvolveu
uma ampla descendência com o patronímio “Chaumont em Vexin”, dentre eles
Thibauld, que viria a ser o bisavô do fundador dos templários, Hugh de Payens.
000
017. Adelaide Eva Depiney (born De Payen) (998- ).
Adelaide ou Eva, é citada como
uma irmã de Ezizabeth, mas como disse, cronologicamente e geograficamente,
estaria mais próxima de ser irmã de Gronwy Payn Pefr ap Y Gwreng, o pai de
Ranulf Payn. Aqui, consideramos o seu pai como desconhecido.
000 020. Gronwy Payn Pefr ap Y
Gwreng (995- )
000 022. Príncipe Ingelric da
Inglaterra (Saint Martin's, Londres, Middlesex, Inglaterra 1006-1032
Inglaterra)
000 032. Gautier (Walter) II
de Vexin, Mantes, Amiens e Valois (955-1017)
Gautier (Walter), era irmão de
Hughes I de Chaumont (1050-1138), pai de Hugues de Chaumont, I Senhor de Gisors
(1032 - 1075) e de Régnier de Chaumont (1040- ); irmão de Foulques ou Geoffroy de
Chaumont-en-Vexin (960-1032), que casou em 983 com Berthilde de Montmorency
(970-1019). Ele e seus dois irmãos concentraram o seio da família Chaumont em
Vexin. Seus pais foram Gautier I, conde de Vexin Amiens e Valois (920-992) e
Adèle d'Anjou, seu avô paterno, Raoul de Valois (885-925) e Eldegarde de Valois
e d' Amiens.
O irmão Gautier, Foulques ou
Geoffroy, que casou em 983 com Berthilde de Montmorency (970-1019), se
constitui no elo de ligação da família Chaumont e a família Montmorency e seus
agregados Gisors, Ramerupt e Danmartim, a qual tem entre seus descendentes
Thibaud Ier Le Payen de Gisors (1055-1130) casado com Mathilde de Montmorency
(1072-1135). Não confundir este último com Thibauld Payen, respetivamente, pai
e avô de Hugh I de Payens.
000 033. Adèle de Senlis
(960-1012)
000 040. Y Gwreng ap Gronwy
(Trevor, Denbighshire, País de Gales 970-
)
000 044. Êthelred II O Rei Não
Preparado da Inglaterra (Wessex, Grã-Bretanha (agora Inglaterra) 968-1016).
000 045. Emma da Normandia
(Normandia, (agora França) 986-1052 Inglaterra)
000 080. Gronwy ap Tudor
(Trevor, Denbighshire, País de Gales 940-
)
000 081. Esposa Saxônica de
Gronwy ap Tudor (950- )
000 160. Turdor Trevor ab Ynyr
(Trevor, Denbighshire, País de Gales 903-940 País de Gales
000 0161. Angharad ferch Hywel (Dynev, Llan, Carmarthenshire, País de Gales 915-940 País de Gales.