sábado, 27 de fevereiro de 2021

 

A FAMÍLIA E A GENEALOGIA DE SÃO BERNARDO DE CLARAVAL

 

Em nosso Blog “SãoBernardodeClaraval-doPaim”, divulgamos a vida e obra de São Bernardo de Claraval num material denominado “O Homem que Retirou o Mundo da Escuridão”. Este material postado em meu Blog, discorre sobre a vida do santo, apresenta sua obra, e, principalmente, apresenta o comprometimento do mesmo com a fundação da “Ordem dos Cavaleiros do Templo do Rei Salomão” ou dos Templários. Neste trabalho nosso enfoque foi muito centralizado sobre sua vida e obra, falamos muito pouco sobre sua vida pessoal e sobre sua família ou sobre o seu círculo de relacionamento e de amizades.

Hoje, praticamente, 1.000 anos depois, apresentar sua família e genealogia, é uma excelente oportunidade inclusive de apresentar ou ilustrar um pouco a época na qual viveu, bem como as figuras ilustres com as quais se relacionou.

I.               Genealogia ou Ascendência (Numeração de Sosa-Stradonitz)

Neste sistema de numeração, o pai recebe um n° equivalente ao n° do filho X 2, e a mãe, recebe um n° equivalente ao n° do pai + 1. Assim, filho = 1, pai = 2, mãe = 2+1 = 3, avô paterno = 2 X 2 = 4, avó paterna = 4+1 = 5, e sucessivamente.

000 001. São Bernardo de Claraval

000 002. Tescelin de Chântillon Sur Seine

000 003. Aleth (Alette) de Montbard

000 004. Tescelin I de Chântillon Sur Seine

000 005. Saruc de Grancey

000 006. Bernard, I Senhor de Montbard (1040-1103)

000 007. Humberge de Tonnerre D'Angoulême 

000 012. Otton de Montbard (970-     )

000 014. Geoffroi, I Taillefer D'Angoulême 

000 015. Petronilla de Archiac (1000-1043)

000 024. Renard de Montbard, (Renaud, Reynard) (940-     )

000 028. Guillaume III Taillefer D’Angoulême (960-1028)

000 029. Gerberga D' Anjou (965-    )

000 030. Mainard Le Riche de Archaic (970-1030)

000 056. Arnaud-Manzer, “O Bastardo de Angoulême” (930-991)

000 057. Raingarde N

000 058. Geoffroy I "Grisegonnelle" Conde de Anjou (938-987)

000 059. Adelaide de Vermandois (950-982)

000 112. Guillaume II Taillefer D'Angoulême (903-962)

000 116. Foulques II, Conde D’Anjou (910-958)

000 117. Gerberge du Maine (913-952)

000 118. Robert de Vermandois Condado de Troyes (911-968)

000 119. Adelais Were de Vermandois (914-967)

000 224. Audouin I D'Angoulême (866-916)

000 232. Foulques I, Conde D'Anjou (888-938)

000 233. Roscille de La Villandry (884-920)

000 236. Herbert II conde de Vermandois (884-943)

000 237. Hildebrante Princesa da França (885-931), filha de Robert I, Rei da França e de Beatrice Condessa de Vermandois, filha de Herbert I “000 472.” á frente.

000 238. Giselbert Conde de Chalons (890-08/04/956)

000 239. Ermengarde de Burgundy (883-935)

000 448. Wulgrin I Taillefer D’Angoulême (830-886)

000 449. Rogelinde de Rouergue (842-886)

000 472. Herbert I Conde de Vermandois (840-902)

000 473. Bertha de Morvois Princesa da França (840-908), filha do Conde Rutpert III de Wormsgau (789-834) e de sua esposa Wiltrud de Orleans (785-824).

000 896. Ulrich I de Argengau (765-    )

000 897. Suzanne de PARIS (809-    ), filha de Begon I, Conde de Paris e de sua esposa Alpais da França.

000 944. Pepin (815-840), era filho de Bernard (797-818) e de sua esposa Cunigunde de Parma (      -835). Pelo seu pai, foi neto paterno de Pepin (777-810) e de Bertha de Toulouse. Pelo seu avô paterno, foi bisneto de Carlos I, “O Grande da França”, ou Carlos Magno, o Imperador Romano do Ocidente e de sua esposa Hildegarde de Vintzgau. 

Sua Bisavó, Hildegarde de Vintzgau, esposa de Carlos Magno, era irmã de Ulrich I de Argengau, retro citado em 000 896.

Desta forma continuamos pela ascendência de Ulrich I, comum também a sua irmã.

001 792. Gérold I de Vintzgau (725-786)

001 793. Emma D'Alemanha (730-786)

003 584. Hedo de Vintzgau (695-754)

003 585. Gerniu de Suávia (695-743)

003 586. Nébi D'Alemanha

003 587. Herswinde von Sachsen

007 168. Egiloff I de Vintzgau (670-726)

007 172. Huoling D'Alemanha

007 173. Berthe l'Ancienne da França

014 346. Thierry III (ou Teodorico) Merovíngio, Rei de Burgundy e Neustria (654-691)

014 347. Clotilde ou Doda, Santa Clotilde da França, Rainha dos Francos (650-699).

Como vimos, a ascendência de São Bernardo é clara e cristalina, a documentação é farta e facilmente comprovável. São Bernardo pertencia a família Montbard, Senhores da comunidade de Montbard, que ficava ao sul de Tonnerre, Troyes e Chaumont, e, que pertencia a região de Borgonha, ao sul de Champanhe Ardenas. Sua avó de Tonnerre, era oriunda de Angoulême e pertencente à família Taillfer, oriunda da Normandia.

Sua bisavó Geberga, era irmã de Foulque II, Conde de Anjou, bisavô de Fulque V, o 9° Conde de Anjou, pai de Geoffrey Plantageneta, Rei da Inglaterra, que se casou com a filha de Henry I, também Rei da Inglaterra, criando assim a dinastia Plantageneta. Fulque V, se casou uma segunda vez com Melisende, a filha de Balduíno, conde de Hainault e Flandres, e, que foi Rei de Jerusalém, e mais tarde viria a recepcionar e acolher os Templários no Domo da Rocha. Seu bisavô, por outro lado, pertenceu a família Taillfer, era tetraneto de Ulrich I de Argengau (765-    ) e de Suzanne de PARIS (809-    ), este último, irmão de Hildegarde de Vintzgau, esposa de Carlos Magno.

Sua ascendência, a partir de Ulrich, remete sua ascendência, por três ramos, à Alemanha, e, por um ramo, à Thierry III (Teodorico), Rei da França, e sua esposa Santa Clotilde. Teodorico, por sua vez, já é um dos últimos remanescentes da dinastia Merovíngia.

Voltando, ainda, a sua bisavó Geberga, além de sua ascendência a Geoffrey Conde de Anjou, sua ascendência, remete a família Vermandois, uma das mais importantes e proeminente da França, a Hildebrante e Bertha de Morvois, ambas princesas da França, e, portanto, filhas de Reis da França, e finalmente a Carlos Magno e sua esposa Hildegarde, retro citados.

Como vimos, São Bernardo de Claraval, pertencia a uma família importante, proeminente, e, com ligações estreitas com as famílias mais importantes da França, Inglaterra e de Jerusalém, isto, sem dúvida, foi decisivo para se obter o êxito na refundação e divulgação da Ordem de Cluny, como também para a fundação e implantação da Ordem dos Cavaleiros do Templo do Rei Salomão.

Seu sobrenome, adotado como abade, “Claraval, vem do francês Clair Vaux, que tem por origem o Vale (Vaux) de Saint Clair, local onde se instalou a Abadia de Claraval. As terras da Abadia, foram doadas pela família de Catherine SaintClair, terceira esposa de Hugh de Payens, fundador da Ordem dos Templários, e, filha de Sir Henry St Clair (Sinclair), 2° Senhor de Roslin (Midlotian Scotland 1060-1110 Midlotian Scotland) e de Rosabel St Clair de Roslin (Fourtieth of Strathearn) (Strathearn, Perthshire, Escócia 1065-1110).


I.               Interações Familiares e Genealogia Lateral e suas Descendências.

Sabemos que São Bernardo de Claraval, nascido em 1090, em 1113, se entregou a vida monástica ao deixar sua família e entrar para a catequese na Abadia de Cluny. A Abadia, pertencente a Ordem de Cluny, se encontrava em franca decadência. Em seus primeiros anos na Abadia, convocou e trouxe para a Abadia, um enorme contingente de amigos, parentes e irmãos; revertendo todas as tristes expectativas. Em seus primeiros anos fundou novas Abadias, e fortaleceu a Ordem de Cluny, e, por volta de 1120, participou da fundação da Ordem do Templo, ao redigir a ata de sua fundação. O Fundador principal, foi seu primo Hugh de Payens, que na companhia de nove primos, formou o primeiro grupo da Ordem dos Cavaleiros do Templo do Rei Salomão.

1.    Hugo de Payens

2.    Godofredo (Geoffrey) de Saint-Omer;

3.    Payen de Montdidier (ou Nirval de Montdidier);

4.    Archambaud de Saint Agnan (Saint- Aignan ou Saint-Amand)

5.    André de Montbard (tio de S. Bernardo);

6.    Godofredo (Geoffrey) Bison (Bissot ou Bissol)

7.    Rossal (Roland ou Rossel);

8.    Gondamer (Gondemarus)

9.    Hugo Rigaud

Assim, conhecer esta ligação de São Bernardo de Claraval e seu primo Hugh de Payens, e, possivelmente alguns destes nove cavaleiros, me parece fundamental. Contudo, esta, não é uma tarefa das mais fáceis; pois, como os Templários conquistaram muitos adversários, dentre eles o Rei da França, que 200 anos mais tarde seria o responsável pela sua extinção, com a execução de quase todos os seus membros, todos os documentos relativos à eles foram destruídos.

Quase toda a documentação da Ordem sumiu ou foi destruída, as relações de seus membros, as suas genealogias, os tesouros e patrimônio que possuíam, e, uma série de artefatos religiosos relacionados a crucificação de Cristo, ao Santo Graal e a Arca da Aliança, todos eles sumiram sem deixar vestígios. Estes fatos, acabaram por cercar a sua história com lendas e mistérios os mais fantasiosos possíveis, dentre eles, algumas genealogias, ascendentes e descendentes, principalmente, de Hugh de Payens.

Assim, o que iremos apresentar, é aquilo que possui registro histórico contemporâneo, e que nos parece o mais próximo da história real.

1° Casamento de Hugh de Payens com Émeline Touillon, antes de 1.100 dC e a sua ligação com a família Montbard.


No quadro acima, vimos que Émeline Touillon era prima irmã da Dama de Touillon e de seu marido Gaudry de Montbard. Gaudry, pelo casamento, herdou o Senhorio de Touillon, era irmão de André de Montbard e de Aleth, a mãe de São Bernardo. Portanto, Bernardo e Hughe de Payens, eram primos em segundo grau, embora, indiretamente, já que ambos eram agregados.

2° casamento de Hugh de Payens com Elisabeth de Chappes, ocorrido em 1.107. Elizabeth era filha de Clarembaud, II Senhor de Chappes e Visconde de Troyes e de Aélis du Donjon de Brienne. Deste casamento eles tiveram quatro filhos como mostra o quadro abaixo:

A título de curiosidade, Elisabeth de Chappes possuía uma irmã, também, chamada Emelinne, a mesma se casou com Zacharie, Senhor de Saint-Sépulcro; desconheço que havia um senhorio com este nome, provavelmente em Jerusalém. Seu pai, integrou as forças que lutaram na 1a grande cruzada, e, o mesmo, possuiu uma irmã não identificada que se casou com Geoffrey de Troyes, administrador do conde Hugues I de Champagne, a quem eram muito ligados.


Vale lembrar que este casamento ocorreu em 1.107, mais de 10 anos antes da fundação da Ordem dos Templários, onde além de Hugh de Payens e de São Bernardo, Hughes I de Champagne, foi um dos principais artífices, o qual acompanhou Payens pelo menos por duas vezes, antes da fundação, para apresentá-lo a Balduíno II, Rei de Jerusalém, que só assumiu em 1.118. Balduíno II, foi ainda sogro de Fulque V de Anjou, o bisneto de Fulque II de Anjou, irmão de Geberga de Anjou, trisavó de Bernardo de Claraval.

É importante ressaltar, que em 1.099, Geoffrey (Godofredo) de Bulhão, fundou a “Ordem Equestre dos Cavaleiros do Santo Sepulcro de Jerusalém”, com o objetivo de suprir as necessidades do patriarcado latino de Jerusalém.

BRASÃO DE ARMAS DA ORDEM DO SANTO SEPULCRO

I.               3° casamento de Hugh de Payens com Catherine de Saint Clair

Este terceiro casamento de Hugh de Payens, não encontra muita sustentação histórica, as menções a ele, estão meio que restritas a registros do Priorado do Sião. Catherine Saint Clair, por outro lado, existiu, sua família aparece como doadora de terras no “Vale de Saint Clair” (Clair Vaux), para a construção da Abadia de Claraval.

O pai de Catherine, Henry Saint Clair, foi o 2° Senhor de Roslin, uma Vila ao Sul de Edimburg, na Escócia. A Capela de Roslyn, teria sido construída em 1446, por William Sinclair, 1° conde de Caitness, com recursos da família em terreno doado pela mesma. Roslyn foi, ainda, palco da primeira grande batalha pela independência da Escócia.

Henry Saint Clair, o pai de Catherine, foi, ainda, penta neto de Rollo Duque da Normandia e de sua esposa Poppa de Bayeux. Henry I Sinclair, Conde de Orkney, Senhor de Roslin (1345 - 1400), avô de William Sinclair, 1° conde de Caitness, ficou famoso por ter coordenado explorações na Groenlândia e na América do Norte quase 100 anos antes de Cristóvão Colombo; na América do Norte, a região visitada e explorada, hoje, é denominada Nova Escócia. Este último Henry, é salvo engano, pentaneto do primeiro, por William Saint Clair, irmão de Catherine.

A descendência de Hugh de Payens e de Catherine de Saint Clair, através de seu filho Thomas de Payen I (Market Bosworth, Leicestershire England 1130-1174 Market Bosworth, Leicestershire England), identificado no quadro acima, nos parece uma construção mal feita, seus descendentes e as datas em que teriam nascido e falecido, não são compatíveis àqueles normalmente encontrados nas pesquisas genealógicas, de outro lado, não existem registros históricos que os corroborem, e, algumas informações encontradas, contradizem esta construção. Por este motivo, nos abstemos de apresenta-las.

I.               Genealogia Provável de Hugh de Payens

A ascendência de Hugh de Payens, também, não é uma tarefa fácil de ser reconstruída, as informações genealógicas e pessoais, ou foram perdidas ou destruídas, há relatos de um certo incêndio que teria alcançado os registros templários. De toda a forma, outros relatos contemporâneos e genealogias laterais, e, alguns registros de outras serventias, apresentam uma ou outra informação, que nos permitiu chegar, senão a ascendência exata, á uma muito próxima. Assim, a meta de ilustrar o ambiente da época, acredito ter sido atingido. Fragmentos desta ascendência, são oficiais e estão disponíveis em documentos da época.

1.    Ascendência de Hugh de Payens com comentários.

000 001. Sir Hugh de Payns, (Chateau de Mahun, nr Annonay, Rhone Valley, França 09 de fevereiro 1070 - 1136), II Senhor de Montigny-Lagesse.

Conforme anteriormente comentado e apresentado teve 3 casamentos, todos descritos nos tópicos anteriores.

000 002. Hugues Payens, I Senhor de Montigny (Ardeche França 1064-1136)

Hughes I Senhor de Montigny teve dois casamentos, no primeiro com Matilde de Montigny, recebeu pelo casamento e por direito hereditário o título de Senhor de Montigny, deste casamento, teve apenas o filho Gautier de Montigny, Senhor de Montigny, para pouco depois perder sua esposa, quando então se casou pela segunda vez.

000 003. 2a Esposa Helie de Montbard ou Angélica Doukas

No exame detalhado da ascendência de Hugh de Payens, inúmeros relatos citam Helie Montbard como sua segunda esposa, alguns poucos relatos citam, no entanto, Angélica Doukas. No exame da genealogia da família Montbard, no entanto, não encontramos relatos relacionados a Helie Montbard, uma suposta irmã de Aletth Montbard, ao contrário, encontramos menções de seis filhos (quatro identificados) e uma filha. De toda a forma, esta segunda esposa teria sido a mãe de Hugh de Payens, II de Montigny.

A opção de Helie de Montbard como a mãe de Hugh, o colocaria como primo irmão de Bernardo de Claraval.

000 004. Tibaud de Payen, "The Pagan of Domesday (*)" (Normandia 1035-1094 Market Bosworth, Leicestershire Inglaterrra)

(*) Domesday, é o nome da coleção de livros de um levantamento criterioso e detalhado da população (Censo), das propriedades e das aldeias e províncias da Inglaterra. Este levantamento foi ordenado por William (Guillaume) “O Conquistador”, com o intuito de definir e conhecer as bases de sua administração no território inglês recém conquistado. Só a partir daí, a Inglaterra passou a ter um inventário de seu território. Tibauld, foi o genro de Ranulf Payn Peverel, braço direito e homem de confiança de William “O Conquistador”, e, esteve ao seu lado nesta batalha; logo Tibauld, provavelmente, esteve comprometido com a organização e coordenação deste levantamento.

000 005. Elizabeth de Payens (1038-1092)

Elisabeth de Payens, possui uma citação de que seria a irmã mais nova de Adelaide Eva Depiney (born de Payen) (998-  ), a avó de seu marido Thibauld. Esta, contudo, é uma hipótese pouco provável, já que a cronologia seria incompatível com a de seu pai Ranulf. A hipótese mais provável, é que ela fosse irmã de seu avô paterno, o que seria cronologicamente e geograficamente possível, mas que não conta com relatos ou registros que a corroborem.

 Elisabeth, ainda, foi irmã de lei de William Peverel “O Velho”, filho, na realidade de Guillaume “O Conquistador”, Rei da Normandia e da Inglaterra, ex amante de Maud Ingelrica, e, que se casou com Maud de Flandres. Foi também irmã de Payne Peverel, Emma Peverel, Robert Peverel e Hamon Peverel.

000 008. Thibault De Payen, "O mouro de Gardille" (Normandia 1012-1064 Market Bosworth, Leicestershire Inglaterra).

Thibauld foi ainda o pai de Adelaide de Payen Lanquedoc (Champagne Ardenne 1036-1098), e mais 6 filhos. Sua filha Adelaide casou-se com Hugues de Vexin, Senhor de Chaumont.

000 009. Catherine Neville (998-1064), casou em 1034

000 010. Ranulf Payn Pefr (Pefr = Pefreall) Wrenoc (Gronwy em galês) Peverel, (Vengeons, Manche, Normandia, (agora França) 1030-1091) de Hatfield, Braintree, Essex, Inglaterra), casou em 1072.

Aqui temos uma estória que não podemos deixar de relatar:

Guillaume Peverel (1028-1087), “O Conquistador”, duque da Normandia, tetraneto de Rollo da Normandia, que conquistou a Inglaterra em 1066, através da batalha de Hastings, contra o exército inglês de Haroldo II, teve ao seu lado, seu maior escudeiro e fiel amigo Ranulpf Payn Wrenos Peverel.

Na Normandia, Guillaume, vivia maritalmente com Maud Ingelrica (1033-1083), filha do Saxão Ingelric. Ocorre que as pretensões de poder de Guillaume, que ansiava por comandar a Normandia, não propiciaram que esta união fosse a frente, já que Maud era considerada uma plebeia, e, para se consolidar como líder, Guillaume precisava se envolver e se comprometer com Maud de Flandres, filha de Balduíno V, conde de Flandres, e de Adela de França, e, que, pelo fato de ela ser descendente de Alfredo, o Grande, rei da Inglaterra, a tornava uma das razões pela qual Guilherme da Normandia, pediu-a em casamento, pois já nutria fortes ambições pelo Reino da Inglaterra.

Contudo, seu relacionamento com Maud Ingelrica era muito prospero, e, ambos já haviam tido o seu primeiro filho, William (Guillaume) Peverel “O Velho”. Assim confabulando com seu amigo e grande conselheiro Ranulf Paym Peverel, acordaram que o mesmo se casaria com Maud Ingelrica e assumiria a paternidade formal de Wiliiam, já que o mesmo como seu filho não poderia ser distinguido dos demais e ser seu futuro herdeiro.

Assim começava o casamento de Ranulf e Maud, através do qual Ranulf seria o pai de mais três filhos e da filha Emma.

Ranulf, por sua vez, também era de família nobre, oriundo, originalmente do País de Gales, trineto de Tudor Trevor, pertencia a dinastia de mesmo nome, sendo a primeira e a maior da Bretanha, e a primeira a se utilizar de um brasão de armas em seus escudos, o qual portava a figura lendária de um dragão. Sua dinastia constava e era descrita no famoso Mabinogion, literatura britânica lendária, compilada nos séculos XII e XIII, no galês médio.

000 011. Maud (Êthelida) Ingelrica (Saint Martin's le Grand, Londres, Middlesex, Inglaterra 1032-1083), casou em 1046.

Maud fundou, no tempo do rei William Rufus, um colégio de cânones seculares dedicado a Santa Maria Madalena" em Hatfield, para onde mudou e viveu até o fim de seus dias.

“Este, pelo que sei, é o primeiro registro que conectam a figura de Maria Madalena com personagens próximos aos templários, embora a Abadia de Vezelay, que abrigou suas relíquias fosse próxima a Abadia de Claraval, e que teve Bernardo como um de seus curadores.”

000 016. Dreux (Eudes de Dreux) Geoffroy de Chaumont d'Amiens Depiney (993-1035)

Embora tivesse tido um segundo casamento com Godgifu [Goda] da Inglaterra, com o qual se notabilizou, já que esta era filha de Êthelred II O Rei Não Preparado da Inglaterra e de Emma da Normandia, com Eva segundo relatos, desenvolveu uma ampla descendência com o patronímio “Chaumont em Vexin”, dentre eles Thibauld, que viria a ser o bisavô do fundador dos templários, Hugh de Payens.

000 017. Adelaide Eva Depiney (born De Payen) (998-     ).

Adelaide ou Eva, é citada como uma irmã de Ezizabeth, mas como disse, cronologicamente e geograficamente, estaria mais próxima de ser irmã de Gronwy Payn Pefr ap Y Gwreng, o pai de Ranulf Payn. Aqui, consideramos o seu pai como desconhecido.

000 020. Gronwy Payn Pefr ap Y Gwreng (995-     )

000 022. Príncipe Ingelric da Inglaterra (Saint Martin's, Londres, Middlesex, Inglaterra 1006-1032 Inglaterra)

000 032. Gautier (Walter) II de Vexin, Mantes, Amiens e Valois (955-1017)

Gautier (Walter), era irmão de Hughes I de Chaumont (1050-1138), pai de Hugues de Chaumont, I Senhor de Gisors (1032 - 1075) e de Régnier de Chaumont (1040-  ); irmão de Foulques ou Geoffroy de Chaumont-en-Vexin (960-1032), que casou em 983 com Berthilde de Montmorency (970-1019). Ele e seus dois irmãos concentraram o seio da família Chaumont em Vexin. Seus pais foram Gautier I, conde de Vexin Amiens e Valois (920-992) e Adèle d'Anjou, seu avô paterno, Raoul de Valois (885-925) e Eldegarde de Valois e d' Amiens. 

O irmão Gautier, Foulques ou Geoffroy, que casou em 983 com Berthilde de Montmorency (970-1019), se constitui no elo de ligação da família Chaumont e a família Montmorency e seus agregados Gisors, Ramerupt e Danmartim, a qual tem entre seus descendentes Thibaud Ier Le Payen de Gisors (1055-1130) casado com Mathilde de Montmorency (1072-1135). Não confundir este último com Thibauld Payen, respetivamente, pai e avô de Hugh I de Payens.

000 033. Adèle de Senlis (960-1012)

000 040. Y Gwreng ap Gronwy (Trevor, Denbighshire, País de Gales 970-    )

000 044. Êthelred II O Rei Não Preparado da Inglaterra (Wessex, Grã-Bretanha (agora Inglaterra) 968-1016).

000 045. Emma da Normandia (Normandia, (agora França) 986-1052 Inglaterra)

000 080. Gronwy ap Tudor (Trevor, Denbighshire, País de Gales 940-     )

000 081. Esposa Saxônica de Gronwy ap Tudor (950-     )

000 160. Turdor Trevor ab Ynyr (Trevor, Denbighshire, País de Gales 903-940 País de Gales

000 0161. Angharad ferch Hywel (Dynev, Llan, Carmarthenshire, País de Gales 915-940 País de Gales.

sexta-feira, 23 de novembro de 2018


VOCÊ QUER VIVER UMA VERDADEIRA EXPERIÊNCIA DIVINA?

Se a sua resposta é sim, acompanhe atentamente este texto. Não procure avançar ou pular etapas. Quantos anos você tem? E a quantos anos você vem buscando um encontro com Deus? Já conseguiu alcançar este objetivo?

Pois bem. Como você pode ver, esta não é uma tarefa das mais fáceis, portanto, se você realmente busca um encontro com sua Santidade, é preciso procurar entender algumas coisas. É preciso estar preparado, desenvolver a habilidade de conseguir ouvi-lo e vê-lo. Se você não fizer isto, ou queimar etapas; no momento em que for colocado frente a frente, tudo terá sido em vão, você não irá conseguir vê-lo e nem ouvir. Portanto, elaboramos um roteiro, para que você possa compreender a forma como poderá chegar a ele, como poderá alcançá-lo, contempla-lo, e, assim, viver uma experiência única, sobrenatural, sublime e plena. Você terá aqui a oportunidade de ter um verdadeiro encontro com o criador, e, de ser colocado frente a frente, de estar com ele.

PRÓLOGO

O material que vocês terão acesso a seguir, foi reunido ao longo destes 60 anos de vida, como fruto das experiências e dificuldades vividas. A vida, não é uma tarefa das mais fáceis, tampouco, é para os mais experientes.
A vida, na realidade, é um desafio colocado para todas as pessoas, e reuni um conjunto complexo e personalizado de obstáculos, que deverão ser, um a um, vencidos e superados. Não se avança para a casa seguinte, sem vencer e derrubar o obstáculo que se encontra a sua frente; nem lhe é permitido pular ou queimar etapas. Portanto, frente a cada obstáculo, não adianta tentar se desviar ou adiá-lo, isto só irá aumentar o seu desgaste e sofrimento.
Para viver é necessário ter Coragem, Persistência, Força de Vontade, Esperança e Paciência para aguardar os resultados. Logo, as virtudes e princípios que você não possui, ou não desenvolveu, você terá que fazê-lo. Nós nascemos e viemos para este mundo nus, e durante esta jornada, deveremos construir nossas armaduras e armas para nos capacitarmos e qualificarmos para cada desafio que iremos enfrentar.
Comigo, foi assim. De repente, eu me dei conta que estava, sozinho; nu, desarmado e despreparado. De minha família recebi a educação, os princípios e os valores, e pouco mais que isto. Eles não podem nos ajudar, os desafios são pessoais. Cada um deles tem sua história para construir, seus desafios para vencer e uma vida para enfrentar. Eles se encontram na mesma situação que eu, ou até numa situação mais difícil. A minha história, inevitavelmente, deverá ser construída por mim, eu sou o ator principal e o diretor.
Consciente desta situação, a ficha havia caído, busquei inicialmente apoio da psicoterapia, para me reencontrar. A seguir, recorri ao estudo da filosofia, ocultismo e religião, objetivando compreender o meio ambiente, a vida e a missão que tinha. Hoje, me considero bastante espiritualizado e forte.

Foi assim que tudo começou!
INTRODUÇÃO

1.       Ambiente Atual
Como você já sabe, vivemos em um mundo material, limitado no tempo e espaço, a três
dimensões. Para interagir com este meio ambiente, nos foram dados os cinco sentidos de que dispomos: a visão, a audição, o olfato, o tato e o paladar. Desta forma, nos tornamos aptos a interagir com o meio ambiente, e a reconhecer todas as coisas contidas no mesmo.

Para se encontrar com Deus, no entanto, não o fazemos neste plano tridimensional ou material, mas num plano superior, no qual nossos sentidos não têm qualquer capacidade de reconhecimento. Logo, precisamos mostrar-lhe como isto será possível.

2.      Plano Superior ou Espiritual
É o plano onde a nossa alma ou espírito habita. Vocês já devem ter ouvido falar que somos uma centelha divina, uma parte de Deus, que fomos feitos a sua imagem e semelhança, ou seja, tal e qual o Criador.
Então, esta centelha é a nossa alma, o nosso espírito, que vive e habita, inconsciente, este plano superior. Contudo, nossa alma não está livre, ela está presa e conectada ao nosso corpo material aqui na terra, e, consciente, somente, deste plano tridimensional, e assim permanecerá em quanto vivermos.
Está ligação existente entre a nossa alma e o nosso corpo, se dá e acontece através de nosso coração; no que os hindus denominam como chacra cardíaco.

Vocês já devem ter ouvido falar sobre isto.
Os Chacras são centros de energia, e, possuímos cerca de 90.000 chacras, dos quais 7 são os principais, e dentre os 7, o do coração ou cardíaco é o mais importante.
Mas não vamos entrar neste tema, a cultura védica, embora muito interessante, não é a minha área de especialidade, nem é tão necessária neste momento.
Para aqueles que buscam o equilíbrio energético entre estes sete chacras, a yoga pode ser o caminho.

3.      Coração ou Chacra Cardíaco.
Estudos recentes de neurofisiologia, identificaram que o nosso coração é riquíssimo em células piramidais (¹), que em nosso corpo só são encontradas em nosso cérebro. Estas células são as responsáveis pela nossa capacidade cognitiva, nossa consciência, nossa capacidade de raciocínio e memória, e integram o sistema límbico de nosso cérebro.
(¹) As Pirâmides, são reconhecidas, principalmente entre os esotéricos, como uma espécie de “Antena”, e, como tal, possui a capacidade de recepção e de transmissão de energia, além de seu armazenamento, o que a coloca como uma espécie de "Centro de Energia".

Assim, através dos Chacras do Coração e da Cabeça, teríamos a capacidade de absorver energias boas do universo (divina), e transmiti-la, o que se daria pelas mãos, ou pelo chamado "Terceiro Olho" (Lobsang Hampa). Esta prática, foi e é muito usada para a cura de enfermidades, e se dava através da imposição das mãos. Jesus Cristo, diversos de seus apóstolos e muitos Santos, fizeram muito isto, e, operaram verdadeiros milagres através desta técnica.
Estes estudos de neurociência, identificaram, que o coração, através de suas células piramidais gozavam das mesmas capacidades de nosso cérebro, e mais, possuíam, ainda, a capacidade de comandar e interferir nas ações do mesmo. Nosso coração, portanto, assim como o nosso cérebro, possui um acervo de informações (memória), que após articuladas, vão conduzir a decisões que o nosso cérebro irá tomar.
Neste contexto, nosso coração é, portanto, um compartimento que armazena um volume imenso de informações, que podem ser boas ou más, céu ou inferno, ying ou yang. Podemos ter muito de uma e pouco de outra, ou quantidades semelhantes de uma e de outra; nós é que iremos escolher o que pretendemos guardar em nosso coração (Livre Arbítrio), nós é que iremos determinar o espaço que será concedido a Deus (pensamentos bons) e ao diabo (pensamentos ruins).

“Pai Celestial, transfere a minha consciência do corpo físico até a espinha e, da espinha, através dos sete centros, até a Consciência Cósmica, onde Tua glória e Tua lua reinam em toda a plenitude de Tua manifestação e onde a força vital têm-na com todo o Teu poder. Que tua glória resida em mim para sempre.
Oh Eterna Esfera da Alegria, gira em minha consciência e faça-me como Tu és.
Pai, Tu e eu somos um. Eu sou a esfera da vibração. Sou a esfera cósmica do som. Sou a esfera cósmica de luz onde os sistemas planetários e os universos flutuam. Meu corpo, a terra e o sol emitem clarões semelhantes aos que estão em mim. Eu sou a Luz Eterna. Sou o OM que está vibrando no pequeno corpo e em todo o universo. Pai Celestial, não me mantenha prisioneiro das encarnações; ensina-me a encontrar a liberdade em Ti, para que eu saiba que nada na terra me pertence, mas que tudo Te pertence. Ensina-me a saber que meu lugar é a Onipresença.
Oh Pai da Imensidade, que está no trono azul adornando o trono da Onipresença, eu Te reverencio em todas as partes. "
(Paramahansa Yogananda)

Frase dita por Jesus:

“Porque onde estiver o teu tesouro, aí também está o teu coração.”
Matheus 6:21
PLANO MATERIAL

4.      Conhecendo o Ser Humano - Memória Celular e Cerebral.
O Ser Humano, não pelo seu aspecto físico, mas pelo seu aspecto informativo, compõe-se basicamente de dois conjuntos de informações ou Memórias Físicas, que o conectam com o ambiente tridimensional ou material, que são os seguintes:

4.1.            Memória Celular ou Genética
Este conjunto de memórias está contido no mitocôndrias das células, ou melhor, em seu DNA. Aí estão contidas informações oriundas de seus antepassados, e que nos são repassadas através do DNA, é o caso do instinto, em que os bebes mamam por instinto, eles não aprendem, já nascem com isto; é o caso do instinto sexual; instinto de direção (elefantes); instinto de andar e voar e outros. A este conjunto de informações (memória) denominamos ID, e o mesmo reúne os impulsos, instintos e libido, que funcionam por necessidade de satisfação de um desejo determinado, relacionado a sensação de prazer. Este desejo (ID) é irracional e inconsciente, não reconhece as questões de juízo, de lógica, de moral ou ética, e, por isso mesmo, são chamados de instinto animal.

4.2.           Memória Cerebral
A memória cerebral basicamente se desenvolveu a partir do ID. A partir deste e de sua articulação e interação com o meio ambiente, desenvolveu duas novas estruturas, que ao lado do ID, compõe o sistema triádico psíquico. Estas duas estruturas são chamadas de Ego e Superego.
A Memória Cerebral, portanto, é o conjunto de informações resultante da interação do ID com o meio ambiente, ou seja, é o resultado da interação do ser humano com o plano tridimensional ou material. O Homem, observando o princípio da realidade, então, com a devida reflexão, planejamento e espera, ou seja, com o uso da razão, busca no mundo exterior, a satisfação de suas necessidades, vontades e desejos, provenientes de seu ID, porém o faz sempre de forma civilizada, visando, assim, evitar resultados desagradáveis, e, para isto, realiza a sua busca sempre com uma maior eficiência. Esta busca, pela sua natureza, pode ser:

A-    Ego: É exatamente o que acima descrevi, ou seja, a capacidade de articulação das informações do ID com o meio ambiente, mediada sempre pelo Superego, visando sempre a conquista do melhor resultado. O Ego está focado, exclusivamente, no contexto do indivíduo, individual, pessoal ou egoísta. O Ego se manifesta, prioritariamente, de forma subconsciente, podendo, esporadicamente, ocorrer de forma consciente. O ID é sempre inconsciente.
“Lutar contra o próprio ego não é fácil, mas é o jeito de mantermos uma certa sanidade e paz de espírito”.
Martha Medeiros

“O ego vai te levar longe, e, vai te deixar lá, sozinho”.
Rodrigo Domit

B-    Superego: É a parte moral da psiquê. São os freios e valores impostos pela sociedade que nos fazem distinguir o que é certo do que é errado, são aqueles ensinamentos que recebemos de nossos pais e que nos apontam o comportamento que devemos adotar, o caminho que devemos seguir. O Ego está constantemente em conflito com o ID, que tenta fazer com que consumamos o ato de desejo, já o Superego, é que irá conter aquele ímpeto, e, fazer com que reconheçamos o mal a ser evitado. O Superego representa os valores da sociedade. O Superego regula o pensamento e puni emocionalmente o indivíduo. Certos distúrbios emocionais, têm origem nos conflitos existentes entre o Superego e o ID.

“Uma pessoa é única ao estender a mão, e ao recolhê-la inesperadamente torna-se mais uma.
O egoísmo unifica os insignificantes.”
William Shakespeare

A Psicanalise estuda profundamente este assunto, e procura identificar e tratar os distúrbios oriundos dos conflitos pessoais de cada indivíduo. O leigo, contudo, tem um pouco de dificuldade para compreender este assunto. Para nós, contudo, basta-nos compreender que a memória cerebral é o conjunto de informações que inconscientemente armazenamos de nossas experiências com o mundo material ou tridimensional. E estas, por assim dizer, relacionam Cérebro e Matéria.

"A abelha sempre procura o mel na flor e o encontra, a mosca, por sua vez, procura o pus e objetos podres, e também o encontra. Do mesmo modo, o homem sábio enxerga boas qualidades nos outros, porém, o tolo e pecaminoso, só observa os erros e defeitos alheios.
A Sabedoria conduz o homem, de forma nobre, a só enxergar o bem nos outros, e assim, conquistar a paz e felicidade."
(Paramahansa Hariharananda)

"Quem ignora os mandamentos das escrituras, seguindo seus próprios desejos insensatos, não encontra a felicidade, nem a perfeição, nem a Meta Infinita. "
Krishna - Bhagavad Gita XVI:23-24

5.      Natureza das Informações Armazenadas
Como vimos, as informações de caráter instintivo, são armazenadas num nível mitocondrial. No caso de informações relacionadas a valores da sociedade, Superego, temos que as mesmas serão recebidas e articuladas pelo cérebro, e irão contribuir para o desenvolvimento e crescimento do homem. Este desenvolvimento, no entanto, se dará de acordo com a composição de pesos do ID x Superego da pessoa em questão. Naquelas pessoas em que o ID se sobre sai em relação ao Superego, temos uma conduta e comportamento mais próximo do bárbaro ou animal; já no caso inverso, temos um comportamento mais humano ou civilizado.
Neste ponto, a religião trabalha bem com a natureza destas informações, classificando-as em dois grupos distintos; os Vícios e as Virtudes.
Vícios: Os Vícios estão mais relacionados ao ID. Sob o ponto de vista da ciência, eles são uma falha ou defeito, e são considerados uma patogenia, onde o indivíduo se torna dependente de um círculo vicioso, em que se alcança inicialmente o prazer, e logo após, este é sucedido pela dor, e uma consequente sensação de depressão. O indivíduo portador de um determinado vício, não consegue conter seus impulsos, e procura a todo custo conquistar o prazer, sem medir as consequências de seus atos, e dos meios utilizados para alcançá-lo. O Vício, de qualquer natureza, é qualitativamente, ruim e negativo, provoca a desagregação e a degeneração do homem e pode levá-lo a sua destruição ou morte. Ele pode ser de ordem comportamental (sexual, alimentar, jogo, etc....), físico, químico ou biológico. O vício, sob o ponto de vista filosófico e religioso, é considerado amoral e não ético, já que pressupõe ausência de resistência a uma determinada tentação, como é o caso, por exemplo, da luxuria, do roubo, da gula e outros.

“O que impede a entrega a um só vício é termos vários”.
La Rochefoucauld

“Nunca confie nas pessoas que não bebem, estas, geralmente tem vícios piores”.
Meu Pai: José Paim de Andrade

Virtudes: As Virtudes estão diretamente relacionadas ao Superego, ou seja, estão intrinsecamente relacionadas as regras de conduta e comportamento adquiridas por ocasião de nossa educação, de nossos pais e da sociedade. A virtude é uma qualidade moral que leva o homem a praticar o bem, a desenvolver-se e crescer.
Os animais não possuem virtudes, eles são regidos pelo instinto.
As Virtudes, também chamadas princípios, compreendem as normas ou condutas a serem seguidas pelo homem, e são 10 ao todo:
·         Castidade (pureza ou abstinência pré-marital ou extraconjugal),
·         Caridade (Generosidade),
·         Temperança (Autocontrole, moderação, equilíbrio),
·         Diligência (atividade, ação, disciplina), 
·         Paciência (Paz, serenidade), 
·         Prudência, 
·         Justiça (Fidelidade), 
·         Fortaleza, 
·         Bondade (Compaixão, amizade),
·         Humildade (Modéstia e Respeito).

As virtudes podem ser absolutas ou relativas, as pessoas podem, por exemplo, ser mais ou menos generosas, mais ou menos pacientes ou impacientes. O que conta é possuir o equilíbrio, a consciência sobre as mesmas e a vontade de desenvolver e fortalece-las. Ao conjunto de virtudes que o indivíduo possui, denominamos caráter. E o caráter por sua vez, integra a personalidade do ser humano.

“A democracia precisa da virtude, se não quiser ir contra tudo o que pretende defender e estimular.”
Papa João Paulo II

“A harmonia, se obtém pela virtude”
Platão

Desta forma, podemos inferir que o caráter, compreende o conjunto de informações, e os resultados das interações e articulações ocorridos entre estas, no plano cerebral, ocorridas por interferência ou não do ID e de seu instinto. Logo o caráter, é o Logos (conjunto de conhecimento) que irá responder pela condução do indivíduo, neste plano material, enquanto o mesmo viver.

"O homem que tem autocontrole, movendo-se entre objetos materiais, com os sentidos subjugados e livre de atração ou repulsa, alcança uma tranquilidade imperturbável."
Krishna - Bhagavad Gita II:64
  


PLANO ESPIRITUAL OU SUPERIOR

6.      O Chacra Cardíaco - O Coração, ou o “Eu Interior”
“O Coração é o Centro de Conexão com o Plano Divino ou Plano Superior”.

A importância e o papel do Coração.
A palavra coração”, em sânscrito é hrid”, que significa saltador. Esta é uma clara referência aos “saltos” que o coração realiza em resposta aos esforços e as emoções do dia a dia. “Coração” do português, tem sua raíz no latim “cor”, latino arcaico “cord”, e uma raiz indo-europeia “krd” ou “kered”, que deriva de “kardia” grego, de onde vem a palavra cardíaco. Do latim, derivam: coeur, em francês; cuore, em italiano; e corazón, em espanhol. A única exceção entre as línguas neolatinas recai sobre o romeno, que escreve inima, associado ao termo latino animaalma.

Já conhecemos a origem da palavra “Coração”, e sabemos que é por ele que chegaremos a Deus. Agora resta-nos responder: Porque é que buscamos a Deus?
Qual é a razão dessa procura? Qual a razão de nossas reuniões e orações? Queremos resolver nossos problemas? Queremos ser abençoados no sentido material com emprego, com saúde? Queremos que Deus recupere os nossos negócios? Ou buscamos por causa de valores eternos, por causa da comunhão, do conhecimento de Deus, do desejo ardente de fazê-lo conhecido entre os homens?

"Então alguns barcos de Tiberíades aproximaram-se do lugar onde o povo tinha comido o pão após o Senhor ter dado graças. Quando a multidão percebeu que nem Jesus e nem os discípulos estavam ali, entrou nos barcos e foi para Cafarnaum em busca de Jesus.
Quando O encontraram do outro lado do mar, perguntaram-lhe: "Mestre, quando chegaste aqui? "
Jesus respondeu: "A verdade é que vocês estão me procurando, não porque viram os sinais miraculosos, mas porque comeram os pães e ficaram satisfeitos. ”
Não trabalhem pela comida que se estraga, mas pela comida que permanece para a vida eterna, a qual o Filho do homem lhes dará. “Deus, o Pai, nEle colocou o seu selo de aprovação". (João 6:23-27).

O que nós buscamos em Deus, portanto, é a compaixão, é a sua piedade e simpatia para com a nossa dificuldade ou tragédia pessoal, é o desejo de minorá-la; é o desejo de assistir a sua participação na redução de nossa infelicidade, é o desejo de alcançarmos a Salvação, a sua generosa “MISERICORDIA”.
“Misericórdia” é a junção de duas palavras em latimmiseratio (compaixão) e cordis (coração). Assim, pode-se entender literalmente misericórdia, como "coração compadecido".
A palavra coração, é a origem de inúmeras palavras: acorde, acordo, concordar, concordância, concórdia, discordar, discórdia, corado, coragem, coral, cordial, cordialidade, recordar, recordação, entre muitas outras. Uma curiosidade diz respeito à expressão portuguesa “saber de cor”, ou seja: saber de memória, isso porque os romanos acreditavam que o coração, muito mais do que a fonte da sensibilidade, era também a nascente da memória. Diversas expressões foram criadas a partir da palavra coração, dentre as quais: “coração de ouro” (pessoa bondosa), “coração de pedra” (pessoa insensível), “abrir o coração” (desabafar com alguém alguma coisa), “de cortar o coração” (algo que comove), “de todo o coração” (com afeição), etc.

Agora, já conhecemos a importância e o papel do Coração em nossa vida, e, também, a sua importância para obtermos uma conexão com um plano superior.

Contudo, precisamos ainda expandir a nossa capacidade de compreensão.
Vejamos o seguinte: Você nasceu, cresceu e viveu em um ambiente de três dimensões, está habituado exclusivamente a ele. Seus cinco sentidos só lhe permitem interagir com este ambiente, você só vê, ouve e sente aquilo que está contido dentro destas quatro paredes (altura, largura e comprimento). Seus sentidos estão restritos a este tempo e espaço, ele não consegue, por exemplo, conceber uma quarta, quinta ou sexta dimensão. Ele não consegue conceber que o passado, o presente e o futuro convivem juntos e em harmonia no mesmo momento. Ele não consegue conceber que a distância de São Paulo a Manaus é a mesma que a da Praça da Sé a Avenida Paulista, ou seja, ambas iguais a zero, já que o espaço e o tempo são uma criação das três dimensões em que vivemos.
Para conseguirmos obter esta conexão, portanto, precisamos nos colocar em harmonia com este plano superior, na mesma vibração e frequência. É neste momento que nossas antenas (células piramidais do coração) deverão estar ajustadas e afinadas para obter com êxito esta conexão.
No hinduísmo, nos processos de meditação, visando-se alcançar uma determinada faixa de ondas cerebrais, é comum o uso de Mantras. No Sânscrito “Man” (mente) “tras” (controle). Na Igreja Católica, alguns hinos litúrgicos servem a este propósito. Algumas aldeias indígenas recorrem também a ritos acústicos, além da ingestão ou inalação de substâncias alcaloides com o fim de se alcançar o êxtase ou a iluminação.
Enfim, a conexão com um plano superior não é um evento qualquer. Para se passar por ele, é preciso estar mentalmente qualificado e apto do ponto de vista material, ou seja, uma pessoa que possui uma ID que se sobrepõe ao seu Superego, com uma conduta devassa e bárbara, as vezes, envolvidas com muitos vícios, não logrará êxito, já que a mesma não possuirá a sensibilidade necessária ao ajuste da frequência e harmonia exigidas. Assim, o homem precisa buscar seu crescimento através do fortalecimento de seu Caráter (conjunto de Virtudes). A conexão com o “Todo”, acima de tudo, é um ato de elevação, onde somente as pessoas de caráter elevado estarão aptas a alcançar.
Desta forma, será importante buscar um crescimento pessoal, para aliado a um evento sensorial de harmonização se obter esta elevação divina.
Obviamente, além destes pré-requisitos, temos determinados sentimentos que também precisarão estar envolvidos. Estes sentimentos, são os frutos das informações e experiências que guardamos e armazenamos em nosso coração, é o que chamamos de memória cardíaca. Como dissemos, nosso coração é um compartimento que armazena boas ou más informações, conceda este espaço a Deus ou ao Diabo, esta é uma opção sua, é o seu livre arbítrio.

6.1.            Memória Cardíaca
·         Na doença de Alzheimer –
Relatos dão conta que pacientes que sofrem do Mal de Alzheimer, doença degenerativa que destrói aos poucos a memória e outras funções mentais, como a capacidade de pensar, relacionar fatos e raciocinar, já não se lembram mais de alguns familiares, ou seja, não o reconhecem mais como alguém de sua família, mas quando o encontram o tratam com amor e carinho.
“Quando chego a sua casa e vou ao seu encontro lhe dar um beijo, seus olhos brilham, como se ele lá no fundo soubesse, sim, quem eu sou. Ele também age assim com os outros membros da família. Sua mente lhe vendou os olhos impedindo-o de reconhecer a hierarquia familiar, mas o seu coração reconhece que ambos fazemos parte um do outro, que temos o mesmo sangue, nossas almas se reconhecem. ”


·         Nos casos dos Transplantados –
“Em uma perspectiva histórica, o significado atribuído ao coração, ultrapassa o âmbito material a que é reduzido na atualidade para atingir uma grandeza moral e espiritual que lhe confere um papel central. A sensação de algo palpitando forte e rapidamente no centro do peito, diante de uma situação de perigo, ou de uma pulsação suave e agradável, nos seus momentos de descanso, era, certamente, familiar a nossos ancestrais. Os sons da natureza e os ritmos corporais inspiraram a criação da música, a qual, segundo alguns autores, surgiu antes mesmo da linguagem falada (Levetin, 2000). Deste ponto, à compreensão de que esse órgão que pulsa no interior do peito – o coração – é o mantenedor da vida, deve ter sido um simples passo. Com o desenvolvimento e a sofisticação das culturas, o significado do coração se expandiu e foi estabelecido também nas dimensões moral e espiritual. ”
(Memória do Coração - Maria Auxiliadora Craice De Benedetto, Nadia Vitorino Vieira e Dante Marcello Claramonte Gallian, Universidade Federal de São Paulo, Brasil).
O trabalho “Memória do Coração” foi desenvolvido dentro de um projeto de mesmo nome promovido pela Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo - UniFESP, com 75 pacientes, onde foram coletadas as narrativas de suas histórias de vida, antes e após o procedimento, com as respectivas coletas de testemunhos de alunos, médicos, enfermeiros e funcionários, além de parentes e outros externos a Universidade. Este estudo constatou um forte sentimento de gratidão aos doadores, ausência de relatos de pensamentos relacionados a morte, inúmeros casos de desdobramento e experiência extracorpórea, além de relatos de memórias estranhas, até então desconhecidas. Casos de reconhecimento de pessoas e locais também foram relatados.

“Era uma vez um cinquentão calmo, de vida feita, que adorava música erudita até que um dia, após ter feito um transplante cardíaco, passou a agir como jovem e a ouvir heavy metal em alto volume. O doador de seu coração era um rapaz de 20 anos, morto em um acidente de moto. ”

“Houve o caso de uma senhora muito recatada que também sofreu um transplante no qual herdou o coração de outra mulher - esta, de temperamento bem diferente, grande apreciadora de sexo. Para surpresa do marido, seu comportamento conjugal mudou radicalmente dali por diante. ”

“A história da menina de dez anos que recebeu o coração de outra de oito, poucas horas depois de esta ter sido assassinada. Tempos depois, ao fim de uma sucessão de pesadelos, ela "reviveu" a cena fatal de sua doadora - o rosto do assassino, uma arma, um lugar. A polícia foi informada e capturou o criminoso, que confessou tudo. ”
Antístenes de Atenas (Grécia -445 a -365 ac), filosofo, afirmava que a gratidão era a Memória do Coração. Sabemos que a gratidão é a mãe de todas as virtudes.

Do ponto de vista científico, é inegável a aceitação da teoria da “Memória do Coração”, são milhares de casos, de obras e até de filmes. Inúmeros estudos já foram realizados e apresentaram resultados surpreendentes. Alguns estudos procurando avaliar o contágio de personalidade estão em andamento; o fundamento, é o de que pacientes transplantados, com certa frequência, apresentam uma alteração de personalidade, de hábitos e de conduta, além da alteração das preferências e gostos musicais.

6.2.           O que Guardar e Armazenar no seu Coração
Muitos estudiosos consideram o coração como o responsável por um “Sexto Sentido”. Não encontrei nenhuma fundamentação científica que comprovasse isto. Mas é inegável sua relação direta com o sentimento, e, ainda mais, acredito que o coração seja a própria sede dos sentimentos.
Algumas religiões, inclusive o cristianismo, acreditam que o ser humano nasce com princípios morais a ele inatos, e nele colocados por Deus. E que, a "imagem e semelhança" ao Deus criador, citada no livro de Gênesis da Bíblia cristã, se referiria na verdade à imagem e semelhança moral a esse Deus Criador. Este conjunto de princípios, que quase, poderíamos chamar de software, teria sido implantado por Deus, e seria o que costumamos chamar “Centelha Divina”. Daí a explicação de muitos, que afirmam que Deus não está aí fora, mas dentro de nós, no que alguns denominam “Deus Interior”.
Assim, o homem, com seu conjunto de Princípios e Virtudes que compõe o seu caráter, frente a um determinado cenário ou situação, realizaria, no “Sistema Límbico”, a articulação entre estas Virtudes e os princípios inatos e divinos (que podemos chamar de Sentimentos), que desencadearia uma reação ao meio ambiente, que irá determinar a sua ação, que poderá ser de aceitação e atração ou de repulsa. Esta reação dinâmica e carregada de sentimentos, chamamos de emoção.
sistema límbico é a parte do cérebro que processa os sentimentos e emoções. Sentimentos humanos podem ser estudados por diversos métodos, como via biologiafisiologiafilosofiamatemática ou psicologia.
Abraham Maslow, professor de Harvard, comentou que todos os seres humanos nascem com um senso inato de valores pessoais positivos e negativos. Somos atraídos por valores pessoais positivos tais como justiça, honestidade, verdade, beleza, humor, vigor, poder (mas não poder abusivo), ordem (mas não preciosismo ou perfeccionismo), inteligência (mas não convencimento ou arrogância). Da mesma forma, somos repelidos por injustiça, morbidez, feiura, fraqueza, falsidade, engano, caos etc.
Maslow também declara que valores pessoais positivos são definíveis somente em termos de todos os outros valores pessoais positivos - em outras palavras, não podemos maximizar qualquer virtude e deixar que ela contenha quaisquer valores pessoais negativos sem repulsa.
Por exemplo, a beleza que está associada com o engano se torna repulsiva. A justiça associada com a crueldade é repulsiva. Esta capacidade inata de sentir atração ou repulsão é o fundamento da moralidade - em outras palavras, sentimentos bem entendidos formam a capacidade interior com a qual nascemos para chegar ao que pensamos ser bom/mau e certo/errado.

"Que eu nunca mendigue paz para minha dor, e sim um coração forte para dominá-la."
Rabindranath Tagore

Desta forma, o que guardamos em nosso coração, são sentimentos. O termo sentimento é usado para designar a disposição mental ou propósito de uma pessoa para com a outra ou algo. E estes sentimentos, assim, guiariam as decisões a ser tomadas por esta pessoa.
Assim, o Amor não é o conjunto de emoções (sensações corporais) que a pessoa sente por outra ou algo, mas o ato de sempre decidir pelo bem ou a favor de outro ou algo, independente das circunstâncias. As sensações físicas são uma consequência da decisão de amar. Este sentimento é chamado por muitos estudiosos como ágape, ou amor ágape.
Nesta concepção, um sentimento é uma decisão (disposição mental) que alguém toma em sua mente, ou alma, ou espírito, a respeito de outrem ou algo. Por este conceito, toda e qualquer palavra que denota emoções quando usada, pode ser classificada como sentimento quando se refere a algo que podemos ou não escolher fazer (se é um ato pode-se cometê-lo ou não, não é um instinto fora do controle da consciência), ou seja, que possua uma forma verbal. Exemplos:
·         Amor - Amar (pode-se ou não cometer o ato de amar, a si mesmo, a outrem ou a algo);
·         Ódio - Odiar (pode-se ou não cometer o ato de odiar, a si mesmo, a outrem ou a algo);
·         Alegria - Alegrar (pode-se ou não cometer o ato de alegrar, a si mesmo, a outrem ou a algo);
·         Tristeza - Entristecer (pode-se ou não cometer o ato de entristecer, a si mesmo, a outrem ou a algo).
Estes sentimentos (estas decisões ou disposições mentais) porém, vão promover emoções no corpo que, estas sim, serão sentidas. Por isso, uma pessoa que ama outra, por haver tomado essa decisão de amar essa outra, mesmo depois de sofrer algum mal cometido pela pessoa amada, pode continuar amando-a, muitas vezes sem entender como pode amar ao mesmo tempo em que sente a emoção da ira, ou da dor da traição, ou alguma outra emoção que, racionalmente, poderia conduzir a pessoa que ama a querer deixar de amar.
Portanto, é preciso distinguir sentimento de emoção. Onde o Sentimento é um ato decorrente da vontade, e a emoção, as sensações oriundas desta ação.
Logo, o que guardamos em nosso coração, são sentimentos, e estes, podem ser bons ou maus, depende do que resolvemos guardar. Este compartimento, no entanto, é limitado, e precisa continuamente receber uma faxina, precisamos remover tudo aquilo que não presta, que não nos faz feliz, eliminar o ódio, o rancor, os medos e tudo aquilo que impede nosso crescimento e evolução. Portanto é preciso, constantemente, esvaziar nosso coração.

"Quanto mais nós nos esvaziamos, mais espaço damos para Deus nos preencher."
Madre Teresa de Calcutá, Tudo Começa com a Prece

"Mestre é alguém que refinou sua consciência para receber e refletir perfeitamente a luz de Deus. O Sol brilha igualmente sobre um pedaço de carvão e um diamante, mas só o diamante reflete a luz solar. "
Paramahansa Yogananda, A Eterna Busca do Homem

Bem, agora a verdade e o caminho se descortinaram, já deu para enxergar que não dá para trilhar por esta estrada transportando sentimentos ruins. Já deu para notar que para seguir adiante é preciso renunciar, é preciso abrir-se ao novo e confiar. A alegria pressupõe felicidade, e esta, por sua vez, é a consequência de um ato de vontade, de um sentimento. É perfeitamente possível, e até mais fácil, possuir alegria sem recursos materiais. A alegria é o mais precioso bem que conduz a felicidade; a matéria, por outro lado, escraviza, torna o homem seu dependente, e tolhe sua liberdade.

"Quem é desapegado em todas as situações – não se agitando alegremente com o bem, nem se perturbando com o mal – tem a sabedoria estabelecida."
Krishna - Bhagavad Gita II:57

O objetivo da teoria que defendemos, não é condenar o materialismo, ou a busca de bens materiais, pelo contrário, vivemos em um mundo material, onde a posse e o usufruto destes bens são necessários à saciedade de nosso corpo físico. Todos devem empreender esforços para alcançar a propriedade e o domínio daquilo que é necessário a manutenção de sua moradia, educação, saúde e segurança. Não é sensato abdicar daquilo que vai lhe dar e a sua família, conforto e qualidade de vida. O que devemos condenar, é o Consumismo.
No consumismo, na concepção da palavra, as pessoas realizam gastos excessivos em produtos supérfluos. A necessidade de consumo se torna uma compulsão, um vício. As pessoas buscam, compulsivamente, aquilo que não necessitam, se escravizam na busca e na conquista de um símbolo.
A imitação, é o item mais notável do consumismo. Algumas pessoas de classes sociais mais baixas e também mais altas, possuem uma tendência a imitarem e ansiarem as posses de pessoas de maior representação social, como celebridades. A própria indústria, conhecedora deste fato, se utiliza disto em suas campanhas publicitárias. A sociedade cria um padrão (uma ilusão), que tende a ser seguido. Algumas mulheres, por exemplo, geralmente escolhem um corte de cabelo, roupas, sapatos e acessórios da moda com base em alguma atriz famosa; o homem precisa mostrar seu terno Armani e relógios de marca, o carro novo e o poder conquistado.

O consumismo atingiu tal dimensão, que deixou de ser um problema do indivíduo, mas uma meta da sociedade:

“Nossa economia produtiva requer que o consumo se torne nosso modo de vida, a convertermos o ato de comprar e usar bens como rituais, que tenhamos satisfação pessoal e espiritual ao consumirmos. Precisamos consumir, queimar, substituir e descartar em uma velocidade muito rápida. “
Victor Lebow - Economista 1955

Com base nesta filosofia de vida, aqueles que não se enquadrem nestes novos padrões estabelecidos, e que não adotem a cultura e comportamento compatível com estes novos padrões, simplesmente são excluídas, não arranjam nem emprego, já que este, pressupõe um marketing de relacionamento e exigências das empresas de recursos humanos, que estabeleceram estes padrões como perfil para os seus selecionados.
O consumismo, portanto, do ponto de vista ético e moral, é condenável, já que pressupõe comportamentos abomináveis, próprios do ID do indivíduo, e que, portanto, o afastam de metas e desafios mais elevados. São próprios do consumismo a avareza, a cobiça, a vaidade, a inveja, a arrogância, a soberba e até o ódio.
O consumista compulsivo (vicio), para alcançar seus objetivos, se usa de ardis, trapaceia, se usa das pessoas e as desconstrói, corrompe e prevarica. Ele não se importa com seu conceito moral, é um descarado, atrevido e sem-vergonha.

“A ousadia dos canalhas, é a fraqueza dos humildes. “
Marco Antônio Paim de Andrade

Diante deste cenário, de guerra, que prenunciam o fim dos tempos, a vida se tornou muito difícil. O mundo se dividiu; de um lado, uma horda de escravos de uma sociedade doentia, que busca a todo custo a projeção necessária a sua inclusão neste meio, e de outro, pessoas comuns, excluídas, e desapegadas, que só tentam viver suas vidas e levar a frente sua missão.
Nossa sociedade está doente, nossos jovens sucumbem as drogas, a ideologia de gênero e a doutrinas de distinção socio-racial só fomentam a discórdia, e jogam uns contra outros estimulando comportamentos devassos e obscenos, sustentado por toda a sorte de vícios. É a sociedade caminhando para uma submissão a um ID coletivo, provocando um verdadeiro movimento de degradação social que caminha a passos largos para o colapso.
Precisamos resgatar os valores da família, os princípios que regem nosso comportamento, a conduta religiosa e a preocupação do ser humano em buscar uma elevação espiritual. Precisamos buscar, diariamente, o culto a Deus, aumentar nossa exposição aos ensinamentos religiosos, de forma a fortalecer uma influência boa e transformadora.







Sabemos que enquanto nossos dias forem cheios de “pão” e vazios “de sentimentos divinos”, estaremos confinados somente a este mundo material (Pão), e, condenados a desfalecermos de fome do alimento espiritual (Deus), que é o que realmente importa.

"O caminho dourado é sermos amigos do mundo e considerar toda a família humana como uma."
Gandhi

O AMOR E A ALEGRIA

Quando falamos de “Sentimentos”, portanto, falamos de Amor e Alegria. Estes dois, seguramente, são os Sentimentos mais importantes. O “Amor” a Deus e ao próximo. Esta, aliás, foi uma das maiores pautas de pregação trabalhadas por Jesus. O estudo e o entendimento do que representa este sentimento, é importantíssimo. A compreensão de seu real sentido, e de suas inter-relações com a conduta e comportamento humano, ainda é muito incipiente, e precisa ser mais bem explorada.
Neste campo de investigação, São Bernardo de Claraval se notabilizou ao transformar Mosteiro de Claraval no berço das grandes mudanças históricas, suas principais obras, tratados e homílias eram uma apologia ao “AMOR”, o “tratado de Amor a Deus” e o “Comentário ao Cântico dos Cânticos” eram um exemplo disto. No entanto, uma obra se destacou sobre as demais “De Diligendo Deo”, e para se falar sobre ela, ninguém melhor do que o Padre Paulo Ricardo, que destaco no link: https://www.youtube.com/watch?v=GTCkGSsiHkQ

"Nada tema. Não odiar, oferecer amor a todos, sentir o amor de Deus, ver a presença Dele em todos, e ter apenas um desejo – o desejo da constante presença Dele no templo da consciência, este é o modo de viver neste mundo."
Paramahansa Yogananda – No santuário da Alma

"Serás capaz de educar a tua alma para que ela abarque a Unidade sem se dispersar? "
Lao-Tzu, Tao-Te King

“A causa para amar a Deus é o próprio Deus; a medida, amá-lo sem medida.”
São Bernardo de Claraval

Amar é muito mais do que gostar de alguém, é sofrer com imensa angústia, e de forma desesperadora a perda de seu adversário ou de seu inimigo.”
Marco Antônio Paim de Andrade

Amo Porque Amo
Texto de São Bernardo de Claraval
“O amor basta-se a si mesmo, em si e por sua causa encontra satisfação. É seu mérito, seu próprio prêmio. Além de si mesmo, o amor não exige motivo nem fruto. Seu fruto é o próprio ato de amar. Amo porque amo, amo para amar! Grande coisa é o amor, contanto que vá a seu Princípio, volte à sua Origem, mergulhe em sua Fonte, sempre beba donde corre sem caçar. De todos os movimentos da alma, sentidos e afeições, o amor é o único com que pode a criatura, embora não condignamente, responder ao Criador e, por sua vez, dar-lhe outro tanto. Pois quando Deus ama não quer outra coisa senão ser amado, já que ama para ser amado; porque sabe que serão felizes pelo amor aqueles que o amarem. O amor do Esposo, ou melhor, o Esposo-amor somente procura a resposta do amor e a fidelidade. Seja permitido à amada responder ao Amor! Por que a esposa - e esposa do Amor – não deveria amar? Por que não seria amado o Amor? É justo que, renunciando a todos os outros sentimentos, única e totalmente se entregue ao amor, aquela que há de corresponder a ele, pagando amor com amor. Pois mesmo que se esgote toda no amor, que é isto diante da perene corrente do amor do outro? Certamente não corre com igual abundância o caudal do amante e do Amor, da alma e do Verbo, da esposa e do Esposo, do Criador e da criatura; há entre eles mesma diferença que entre o sedento e a fonte. E então? Desaparecerá por isto e se esvaziará de todo a promessa da desposada, o desejo que suspira, o ardor da que a ama, a confiança da que ousa, já que não pode de igual para igual correr com o gigante, rivalizar a doçura com o mel, a brandura com o cordeiro, a alvura com o lírio, a claridade com o sol, a caridade com aquele que é a caridade? Não. Mesmo amando menos, por ser menor, se a criatura amar com tudo o que é, haverá de dar tudo. Por esta razão, amar assim é unir-se em matrimônio, porque não pode amar deste modo e ser menos amada, de sorte que no consenso dos dois haja íntegro e perfeito casamento. A não ser que alguém duvide ser amado primeiro e muito mais pelo Verbo”.

São Bernardo de Clavaral, Abade e Doutor, Sermo 83, 4-6 in Opera Omnia (Editiones Cistercienses 2, 300-302) – Clique no link: https://www.youtube.com/watch?v=s_IhALSqXrk

“O que vemos não é nada senão nossa própria criação. A experiência do mundo é apenas uma projeção de nossa mente e o reflexo de nossos próprios pensamentos internos. Assim como é o pensamento, desse modo é a visão. A cor das lentes dos óculos que você usa determina a cor com a qual as coisas se parecem para você. Se usar lentes vermelhas, tudo parecerá vermelho. Se usar lentes verdes, tudo parecerá verde. Pensamentos puros fazem o mundo parecer puro. Se olhar as coisas com Amor Divino, com um coração amoroso, a criação inteira lhe parecerá um reflexo do Amor Divino.”
Sathia Sai Baba

"Enquanto nossa Paz depender de uma realidade exterior, não é a PAZ, enquanto nossa compreensão depender de uma doutrina externa, ela não é Conhecimento. Enquanto o nosso amor aos seres e ao mundo depender de suas (deles) afeições e de suas (deles) atitudes a nosso respeito, ele não é Amor."
(Jean Yves Leloup)

Como vimos, o amor é a pedra fundamental, Para se chegar a Deus, o amor é indispensável, é necessário amá-lo e desejar muito estar com ele, não por si, mas por ele. Encontrar o nosso Criador, é a meta que ele colocou em todos nós – “O bom filho sempre retorna a casa do pai”.
Nós somos esperados; nossa presença é aguardada com ansiedade, mas o caminho até ele, e, conseguir atravessá-lo, é uma tarefa nossa. Nós carregamos em nosso intimo a necessidade de retornarmos ao pai. Nós carregamos a sua semente, e fomos feitos a sua imagem e semelhança. Nós não somos melhores ou piores que ninguém, todos fomos forjados do mesmo material, nós não somos pecadores, somos carne da carne, sangue do sangue, somos tal qual o pai, só que ainda insignificantes quanto sementes, mas perspectivamente tão grandes quando nos tornarmos uma árvore velha e frondosa. Só que para isto, precisamos regar e nutrir esta semente com a água e o fertilizante que ele nos concedeu. Dentro deste contexto somos todos iguais, só que alguns ainda permanecem dormentes no seu estado de semente, outros já começam a acordar e a germinar, tornando-se uma pequena muda. Alguns, já se tornaram plantas viçosas, e outros já caminham para tornarem-se árvores frondosas. A única diferença que há entre eles, são os seus estágios de evolução, que poderá ser maior ou menor; e esta diferença, pode estar associada, também, a qualidade do fertilizante utilizado.
Aqui entra o livre arbítrio, as escolhas e as decisões tomadas. Se você fizer uma boa faxina em seu coração e só guardar coisas boas, você crescerá com grande vigor, se guardar muitas tranqueiras e coisas ruins, irá enfraquecer e murchar. Se você fez as escolhas certas, limpou toda a sujeira e guardou só coisas boas, seu estado de espírito irá mudar, você verá tudo com mais cores, com mais animo, sua vida ganhará um novo impulso, a alegria brotará em seu coração e estará cada vez mais presente, suas esperanças renascerão e você terá uma nova perspectiva de vida. A Alegria estará presente no viço desta nova planta que começa a nascer.

A ALEGRIA

Alguns relacionam a Alegria como a consequência a alguma coisa boa que nos aconteceu, ou a alguma coisa de ordem material que ganhamos. Está errado, a Alegria não é consequência, mas causa. A Alegria é uma energia poderosa que transforma todo o ambiente, contamina os presentes e conspira para a produção de resultados positivos.
No universo, tudo está em movimento, e, portanto, produz energia. Algumas coisas produzem energias boas, positivas; como é o caso da Alegria, do bom humor, a luz solar, cores vivas, água corrente, calor, sons, etc.... Vocês sabem perfeitamente que um quarto bem ensolarado, além de trazer boas energias, atua beneficamente na saúde de seu ocupante, assim como, as cores na harmonia do ambiente ou na proatividade daqueles que se vestem com cores vivas.
Da mesma forma, o inverso pode produzir ondas de energia ruins que poderão produzir uma desarmonia no ambiente ou no organismo, com consequências nefastas e desastrosas; é o que se vê nos casos de tristeza, mau humor, rancor, trevas ou escuridão, cores sóbrias, água parada, frio, etc... Uma sala ou quarto com paredes escuras e mal iluminado, acumula mofo, ácaros, insetos, mal humor e depressão.

As pessoas alegres, são animadas (Anima Alma Vida), onde animada significa viva. Portanto, as pessoas alegres ou animadas transbordam vitalidade, pois possuem dentro de si uma chama acesa, que é a centelha divina. Assim a alegria é a própria revelação de nosso Deus Interior. As pessoas alegres são tidas como pessoas iluminadas, pois possuem esta luz dentro de si.

“O sucesso ou o Fracasso, está diretamente relacionado ao seu Estado de Espirito. “
Jô Soares

COMO CONQUISTAR A ALEGRIA
Tudo parece colorido, alegre e fácil, mas não é assim. Desde o nosso nascimento estamos passando por diferentes experiências, algumas traumáticas. Durante a vida, vivemos inúmeros conflitos entre o ID, o Ego e o Superego, questionamos a educação que recebemos, as virtudes e princípios, somos rotineiramente assediados pelas nossas companhias a seguir um caminho diferente, provar bebidas, drogas, cigarros e até novas doutrinas, nossas convicções ainda não se formaram, não são sólidas, e a toda a hora são colocadas em cheque. Somos assediados pelas experiências dos outros, eles atravessaram aquela linha, e se deram bem, conquistaram novos amores e a admiração dos colegas.
Fomos reprimidos, sofremos bulling, fomos descriminados pela nossa cor e nosso peso, e até pela nossa condição socioeconômica inferior à dos demais da classe. Os conflitos são muitos, a insegurança extrema, um sentimento de angústia muito profundo se apodera de nossa alma, a luz sucumbe ás trevas, vem a depressão, já não sentimos vontade de sair mais, a possibilidade de encontrar um conhecido nos deixa em pânico, a ansiedade começa a nos dominar, é um verdadeiro martírio, quando raia o sol, sentimos que um novo poço se abriu, mais profundo, escuro e frio. Não queremos acordar, não queremos sair da cama. O terror, o medo, o desespero e uma imensa e profunda tristeza se apodera de nós.
Vivemos momentos terríveis, e na grande maioria das vezes sozinhos, não temos o apoio de ninguém, na grande maioria das vezes, eles sequer imaginam o que se passa em nossa cabeça. Nem nós sabemos, o conflito se instalou, não conseguimos compreender o que está se passando, não temos os instrumentos necessários para fazer um diagnóstico da situação. Estamos miseravelmente doentes, sem médico, sem tratamento e sem perspectiva de superar o quadro que se instalou. É um circulo vicioso que nos conduz cada vez mais para as profundezas. Muitos não suportam, se matam, se suicidam, outros desenvolvem quadros psicóticos ou esquizofrenia, aqueles que tiverem melhor sorte, poderão ganhar um acompanhamento psiquiátrico, ou psicoterápico, como foi o meu caso, se o quadro que desenvolveu não for tão grave, mas alguns recorrem a religião, religião alternativa, ou medicina alternativa.

A psicoterapia, sem dúvida, se mostra um caminho promissor. Os conflitos entre ID e Ego, as influências do Superego e o descortinamento do Eu Interior, é indubitavelmente, o caminho para desembaraçar todos os nós que se formaram. Contudo, além deste caminho, a imersão profunda em doutrinas religiosas poderá ter grande valia.
Não se sai de um quadro destes sozinho. E, neste ponto, a busca da ajuda de Deus é primordial. Deus está aí, a disposição de todos, é uma fonte inesgotável de amor, de energia e de compreensão. Deus está livre, a nossa disposição, presente a todo o momento, e pronto a intervir. Nós só precisamos estender a nossa mão, busca-lo. Mas busca-lo com força, com esperança, com humildade, com muita Fé e muita Oração. É preciso confiar na força da Fé e da Oração.

“Minha mente é a minha igreja. “
Thomas Paine

FÉ E ORAÇÃO
"Estudar o Zen é estudar a si mesmo. 
Estudar a si mesmo é se esquecer de si mesmo.
Esquecer de si mesmo é estar uno com todas as coisas."
Mestre Dogen

É chegada a hora de compreender, finalmente, que “O Senhor é o Nosso Pastor, e que com ele, nada nos faltará - Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte, não temeria mal algum, porque tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me consolam. - Salmos 23:4”.
Jesus falou “Eu sou o caminho, a verdade e a vida, ninguém vem ao pai, a não ser por mim” – João14:6

Não há outro caminho, este é o caminho. Contudo para percorre-lo, algumas lições de São Bernardo de Claraval poderão ser indispensáveis.

Parte do depoimento do Papa Bento XVI na audiência geral de 21 de outubro de 2009.
Eu gostaria de deter-me somente em dois aspectos centrais da rica doutrina de Bernardo: estes se referem a Jesus Cristo e a Maria Santíssima, sua Mãe. Sua solicitude pela íntima e vital participação do cristão no amor de Deus em Jesus Cristo não traz orientações novas no status científico da teologia. Mas, de forma mais decidida que nunca, o abade de Claraval configura o teólogo com o contemplativo e o místico.
Só Jesus – insiste Bernardo, frente às complexas reflexões dialéticas do seu tempo – é “mel na boca, cântico no ouvido, júbilo no coração” (mel in ore, in aure melos, in corde iubilum). Daqui provém o título, atribuído a ele pela tradição, de Doctor mellifluus: seu louvor a Jesus Cristo “se derrama como o mel”.
Nas extenuantes batalhas entre nominalistas e realistas – duas correntes filosóficas da época –, o abade de Claraval não se cansa de repetir que só há um nome que conta, o de Jesus Nazareno. “Árido é todo alimento da alma – confessa – se não for tocado por este óleo; é insípido se não for temperado com este sal. O que escreves não tem sabor para mim, se não leio nele Jesus”. E conclui: “Quando discutes ou falas, nada tem sabor para mim, se não sinto ressoar o nome de Jesus” (Sermões em Cantica Canticorum XV, 6: PL 183,847). Para Bernardo, de fato, o verdadeiro conhecimento de Deus consiste na experiência pessoal, profunda, de Jesus Cristo e do seu amor. E isso, queridos irmãos e irmãs, vale para todo cristão: a fé é, antes de qualquer coisa, um encontro pessoal e íntimo com Jesus; é fazer a experiência da sua proximidade, da sua amizade, do seu amor, e somente assim se aprende a conhecê-lo cada vez mais, a amá-lo e segui-lo cada vez mais. Que isso possa acontecer com cada um de nós!
Em outro célebre sermão do domingo dentro da oitava da Assunção, o santo abade descreveu em termos apaixonados a íntima participação de Maria no sacrifício redentor do seu Filho: “Ó santa Mãe – exclama –, verdadeiramente uma espada transpassou tua alma! (...) Até tal ponto a violência da dor transpassou tua alma, que com razão podemos te chamar mais que mártir, porque em ti a participação na paixão do Filho superou muito em intensidade os sofrimentos físicos do martírio” (14: PL 183,437-438).
Bernardo não hesita: "per Mariam ad Iesum": através de Maria somos conduzidos a Jesus. Ele confirma com clareza a subordinação de Maria a Jesus, segundo os fundamentos da mariologia tradicional. Mas o corpo do Sermão documenta também o lugar privilegiado da Virgem na economia da salvação, dada sua particularíssima participação como Mãe (compassio) no sacrifício do Filho. Não por acaso, um século e meio depois da morte de Bernardo, Dante Alighieri, no último canto da “Divina Comédia”, colocará nos lábios do Doutor melífluo a sublime oração a Maria: “Virgem Mãe, filha do teu Filho/ humilde e mais alta criatura / término fixo do eterno conselho...” (Paraíso 33, vv. 1ss.).
Estas reflexões, características de um enamorado de Jesus e de Maria, como São Bernardo, provocam ainda hoje, de forma saudável, não somente os teólogos, mas todos os crentes. As vezes se pretende resolver as questões fundamentais sobre Deus, sobre o homem e sobre o mundo com as únicas forças da razão. São Bernardo, ao contrário, solidamente fundado na Bíblia e nos Padres da Igreja, recorda-nos que sem uma profunda fé em Deus, alimentada pela oração e pela contemplação, por uma relação íntima com o Senhor, nossas reflexões sobre os mistérios divinos correm o risco de ser um vão exercício intelectual e perdem sua credibilidade. A teologia reenvia à “ciência dos santos” a sua intuição dos mistérios do Deus vivo, a sua sabedoria, dom do Espírito Santo, que são ponto de referência do pensamento teológico.
Assim, considerando a importância de Maria na hierarquia divina, e a recomendação de São Bernardo; recomendamos o exercício do recurso da intercessão de Maria para se chegar ao seu filho, Jesus.

INTERCESSÃO DE MARIA

Quando buscamos alguma graça ou ajuda espiritual devemos fazê-lo sempre através de Maria. Somente através de Maria alcançamos Nosso Senhor Jesus Cristo, o vosso filho. Para rogarmos a Maria podemos fazê-lo diretamente a ela, ou pela intercessão de algum Santo que a ela nos conduz. Eu pessoalmente o faço ou diretamente ou através da intercessão de “São Bernardo de Claraval”.

"Nos perigos, nas angústias, e nas incertezas, pensa em Maria, invoca Maria.
Que ela nunca abandone os teus lábios, nem o teu coração; e para obteres a ajuda da sua oração, nunca esqueças o exemplo de sua vida.
Se a segues, não te podes desviar; se lhe rezas, não te podes desesperar; se pensas nela, não podes errar.
Se ela te ampara, não cais; se ela te protege, nada temes; se ela te guia, não te cansas; se ela te é propícia, alcançarás a meta."
(Hom. II super "Missus est", 17: PL 183, 70-71).

O significado do nome MARIA na língua hebraica é Estrela do mar; e com este apelido a invoca a Igreja no canto Ave Maris Stella de composição de São Bernardo de Claraval. (Na figura ao lado há o link para o canto)
A intercessão através de outros Santos também é saudável, eu o faço por São Bernardo de Claraval, por ser ele meu Santo de devoção, mas cada um pode fazê-lo pelo seu Santo de escolha. São Bernardo foi um dos Santo mais respeitado e venerado pelo alto clero, Bento XVI e Madre Teresa de Calcutá são seus devotos, mas temos outros santos tão maravilhosos: Santo Agostinho, São Thomás de Aquino, Santo Padre Pio, São Pedro de Alcântara (Patrono do Brasil Imperial), São Francisco de Assis, São Francisco Salles, Santo Inácio de Loyolla, São Paulo, São Bento de Núrsia (Ordem dos Monges Beneditinos), temos os Santos Apóstolos, os Santos regionais como a Santa Paulina e o São Frei Galvão, São José de Anchieta, São Damião e tantos outros.
A história da igreja católica é maravilhosa, e todos estes, e outros Santos ajudaram a escreve-la, com certeza não haverá dificuldades em se realizar uma escolha, ou simplesmente, pode-se recorrer a Maria Santíssima como intercessora.

“A verdade é para quem a procura sinceramente, não para quem tem apenas curiosidade ociosa. É fácil acreditar quando se vê: dispensa a busca e o esforço. Descobrem a verdade além dos sentidos os que a merecem por terem vencido o seu natural ceticismo materialista.”
Mahavatar Babají

“Ao se abrirem com a aurora os botões de lótus, a flor de minha alma abre-se suavemente para receber Tua luz. Banha cada pétala de minha mente com teus raios de bem-aventurança. Brisa matutina exala o perfume de tua presença.
Abençoa-me, para que com a aurora que se difunde, possa eu espargir a todos os homens tua mensagem de amor. Com a aurora que desperta, possa eu com minha alma despertar inumeráveis almas e trazê-las a ti. “
Paramahamsa Yogananda

A Oração e a Fé, frequentes, diárias, possuem uma força descomunal, o seu exercício transforma, muda sua conduta, seus hábitos e expande seu coração. A devoção diária vai lhe ajudar a promover a limpeza necessária, aumentará gradativamente a sua confiança, comece a regar a semente do amor, e faz ele nascer dentro de você, isso irá lhe aproximar de Deus e de todas as coisas boas. A medida que sua Fé se intensifica, suas orações passam a ser mais frequentes e involuntárias, seu conteúdo, mais claro profundo e autêntico, você começa a sentir que uma nova força começa a surgir dentro de você, um “Círculo Virtuoso” se inicia, e a cada dia você começa a ficar mais forte. Lembre-se que tudo isto deve ocorrer dentro de seu coração, e não em sua mente.

“Sua visão se tornará clara somente quando você olhar para dentro do seu coração. Quem olha para fora, sonha. Quem olha para dentro, acorda.”
Carl Gustav Jung

"A mente é a criadora de Tudo. Portanto, você deve guiá-la para criar apenas o bem. Se você se apega a um certo pensamento com força de vontade dinâmica, este finalmente adquire uma forma exterior tangível. Quando você é capaz de empregar sua vontade sempre para propósitos construtivos, torna-se o controlador de seu destino."
 Paramahansa Yogananda

A Kundalini será gradualmente despertada. Tu realizarás tudo, pela repetição do nome de Deus. Se a mente não estiver calma, mesmo assim deves sentar-te em um local e repetir o nome sagrado, um milhão de vezes. Antes do despertar da kundalini ouve-se o som Anahata. mas nada pode ser conseguido sem a graça da Mãe divina.
Sarada Devi

AS RESPOSTAS AS ORAÇÕES E AS GRAÇAS ALCANÇADAS

A medida que a sua Fé aumenta e sua confiança se solidifica, a convicção de que suas preces e orações são atendidas, se cristaliza dentro de você. Cada vez mais você vê, de forma cristalina, seus desejos sendo atendidos. Tudo o que você pede será, seguramente, atendido, contudo, vale ressaltar que você não vai receber exatamente aquilo que queria, mas aquilo que precisava, ou seja, Deus, sem que você peça, sabe exatamente aquilo que você precisa, sabe até mais que você mesmo. Portanto, quando fizer sua oração e sua prece, saiba que seus pedidos serão atendidos, e que eles não serão, necessariamente, agradáveis, mas serão bons. Eles lhe transformarão, lhe permitirão crescer e evoluir. Alguns destes pedidos serão, na realidade, dolorosos e representarão um sofrimento, mas quando o tempo passar e você olhar para o passado, você viverá aquele momento novamente com prazer e verá, que na realidade, ele representou um milagre em sua vida. Desta forma, depois que um pedido foi feito, não há mais como recuar, o Universo já foi mobilizado, e a ação desencadeada; tudo, absolutamente tudo conspirará para que seu pedido chegue a termo. Cuidado com seus pensamentos, eles possuem energia e movimento, e eles o levarão sempre para a frente, para o crescimento e evolução; não há como regredir.
"Não é preciso sair para ver melhor, nem assomar à janela. Habite apenas no centro de seu ser; quanto mais se afastar dele, menos saberá."
Lao-Tsé

"Nada há para ser conquistado, apenas ignorância por ser removida."
Ramana Maharshi

SEUS SENTIDOS E PERCEPÇÃO

Lá no início nós dissemos que, “Para realizar sua interação com o plano material, bastam seus cinco sentidos. Para se alcançar um contato com um Plano Superior, no entanto, você precisará desenvolver sua capacidade sensorial”.
Tudo aquilo que está oculto, ou inacessível, está de certa forma protegido. É assim que se dá com o conhecimento, ele está oculto, ele se auto protege. Todos os conhecimentos do Universo estão aí, a nossa frente, escancarados, nós é que não conseguimos enxerga-los. Dissemos que eles estão hermeticamente fechados e inacessíveis, daí a designação “Hermetismo” ou “Ocultismo”. Hermes foi um filho de Zeus e Maia, e foi um Deus muito cultuado na Grécia antiga, associado ao Deus da Magia, da Fertilidade, da Divinação, dele surgiu o personagem Hermes Trimegisto, o três vezes grande, associado ao ocultismo.
Dentro deste contexto, um volume brutal de informações estão aí, disponíveis e basta acessa-las corretamente, já a interação com um plano superior, se reveste da necessidade do desenvolvimento de uma capacidade de percepção que ainda não possuímos. Esta última, que já citamos anteriormente, como um estado de êxtase que é alcançado por alguns xamãs, monges e outros, trataremos mais tarde. Quanto ao volume de informações universalmente dispersas, há que se acessá-las e interpreta-las da forma correta, entender seu real sentido, seu significado, compreender aquilo que ela quer realmente revelar. As informações estão contidas nas palavras, e logo precisam ser compreendidas. Assim, precisamos conhecer a origem da palavra e seu significado. Vamos dar alguns exemplos:
Ø  Hermetismo = Ocultismo
Ø  Compreender = Abraçar, reter para si
Ø  Justificar = Tornar justo aquilo que não é
Ø  Preocupar = Se ocupar previamente de algo que não deveríamos agora.
Ø  Cemitério = Semi-Etéreo
Ø  Anima = Alma; Animado = Vivo
Ø  Ente = Ser; Ciente = Ser com posse do conhecimento; Consciente = Ser com domínio do conhecimento; Ciência = Sabedoria, conhecimento; Sensciente = Ser com acesso sensorial ao conhecimento.
Ø  Jesus = Latim; Iesous = grego; Yeshua = Hebraico, onde Yeshua deriva de uma raiz hebraica formada por quatro letras – ישוע (Yod, Shin, Vav e Ayin) - que significa “salvar”, sendo da mesma raíz da palavra hebraica para “salvação” – ישועה, yeshuah – é considerado também uma forma reduzida pós-exílio babilônico do nome de Josué em hebraico –  יְהושֻׁעַ, Yehoshua – que significa “Deus' (YHWH) salva”. Essa forma reduzida é muito comum na Bíblia hebraica, que cita dez indivíduos que tinham este nome, como pode ser visto nos versos de Esdras (Ezra) 2,2 e 3,2 , Neemias 12,10. "Josué", o Yehoshua, reduzido como Yeshua (aramaico), ou reduzido como Iesous (grego   ησος; onde não se pronuncia o "s" final). Significa salvação. 

“Portanto, todo aquele que ouve estas minhas palavras, e as pratica, será como o homem sábio que construiu a sua casa sobre uma rocha: E caiu a chuva, e vieram as inundações, e os ventos sopraram e se abateram sobre aquela casa; e ela não caiu, porque estava fundada sobre uma rocha.”
Jesus Cristo, no Novo Testamento (Lucas 6:47-48)

Ø  Universo = Um ou Uni + Verso = Deus + Verso = tudo girando em torno de Deus

Assim quando lemos um texto, tendo a real compreensão de suas palavras, começamos a acessar novas informações que anteriormente não conseguíamos acessar, e não é só isto. Quando detemos um volume monumental de informações, precisamos articulá-las entre si e dar-lhes um encadeamento lógico, que é exatamente o que faço agora, neste trabalho, e como vocês podem constatar, um novo cenário de descortina, e se revela. Helena Blavatsky escreveu um livro que se chamava “Isis sem Véu”, que tratava de antropogênese (origem do homem), onde ela procurava mostrar ao leitor exatamente aquilo que ele via, mas que não conseguia enxergar. Alias, Isis foi a Deusa Serpente, a Deusa da Sabedoria, a Serpente de Genesis que deu a maçã a Eva, o fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal, a própria palavra Genesis, significa Genes de Isis, e de Genes de Isis deriva a palavra genial ou genialidade, como você vê, tudo a ver com sabedoria. Mas isto é tema de um outro trabalho contido em meu livro “A Bíblia e a História – Um Mar Sem Fim”.

"Pouco vai adiantar se o homem não se sentir responsável pelo seu destino, simplesmente crer na Reencarnação não fará com que ele mude de comportamento... De que nos vale admitir que somos imortais e que vivenciamos um sem-número de existências no corpo perecível, se não damos ao conhecimento que possuímos nesse sentido um significado mais transcendente?".
Chico Xavier

Para aflorarmos nossos sentidos e a percepção, num processo de oração ou meditação, é necessário uma grande atenção e concentração, precisamos buscar o silêncio e o isolamento, precisamos nos libertar do ambiente e do plano material. A calma e harmonia são imperiosas, a respiração lenta e pausada, precisamos estar livres para alçar uma conexão com o plano superior.

"O silêncio já se tornou para mim uma necessidade física espiritual. Inicialmente escolhi-o para aliviar-me da depressão. A seguir precisei de tempo para escrever. Após havê-lo praticado por certo tempo descobri, todavia, seu valor espiritual. E de repente dei conta de que eram esses momentos em que melhor podia comunicar-me com Deus. Agora sinto-me como se tivesse sido feito para o silêncio."
Mahatma Gandhi

Pronto, já temos, praticamente, tudo de que precisamos para conseguir a conexão que buscamos, contudo, o ritmo e a frequência que precisamos alcançar podem precisar de uma ajuda extra para que sejam ajustados. Para isto, recorro aos cantos litúrgicos, que aprendi a amar e a admirar. Normalmente eles se apresentam em latim, e suas letras reproduzem uma oração que foi composta para se exaltar a Deus ou algum Santo, conhecer estas letras também é importante para se saber seu alcance e o que representa. Meu Santo de devoção, São Bernardo de Claraval, foi um importante músico e compositor, vários hinos litúrgicos executados até hoje pela igreja, são de sua composição; é o caso também de São Thomas de Aquino e Santo Agostinho.

Senhor, não acho que esteja progredindo em minhas meditações. Nada vejo e nada ouço, disse um estudante.
O mestre lhe respondeu:
Busque a Deus por amor a ele próprio. A percepção suprema é senti-lo como bem-aventurança brotando das infinitas profundezas. Não anseie por visões, fenômenos espirituais e nem por experiências emocionantes. O caminho para o divino não é um circo.
Paramahamsa Yogananda

Muita gente não acredita em Deus ou em Jesus, eles querem ver para crer, não acreditam sequer nas suas existências. Dizem que já rezaram para ele, mas não foram ouvidos, não tiveram suas reivindicações atendidas, talvez porque não tenham conseguido enxergar o que ele realizou.
A existência ou a presença física, não é indispensável, mas a fé é. Eu, por exemplo, tenho rotineiramente recorrido a Deus “Jesus”, Maria, e a São Bernardo de Claraval, não os vejo, mas não acho necessário, pois sinto as suas presenças, e não tenho a menor dúvida de suas existências, mesmo sem uma prova física de suas existências. Eles estão sempre ao meu lado e nunca me abandonaram, nem deixaram de atender as minhas súplicas. As suas presenças são muito fortes, eu os sinto ao meu lado a todo o instante.

A hora de começar é agora, já chegou a sua hora, você já está pronto, não há mais porque postergar.

O tempo endereça às criaturas o seguinte aviso, em cada alvorecer: “Certamente, Deus te concederá outros dias e outras oportunidades de trabalho, mas faze agora todo o bem que puderes porque dia igual ao de hoje só terás uma vez.” – Emmanuel

O ENCONTRO TÃO AGUARDADO

A Ascensão a um plano superior implica, necessariamente, na mudança da frequência e no foco da consciência. A energia, como essência por trás de tudo, complexamente combinada (Pessoa), bem como a amplitude e velocidade na qual ela vibra, ou sua frequência, é consequência de suas emoções, pensamentos e de seu espírito, único ser em todo o universo.
Como essa energia é sua, você pode mudá-la. É disso que se trata a ascensão. À medida que você reduz a frequência dessa energia de seu corpo físico, ele se torna menos denso e assimila energias mais elevadas, então você começa a ver e a engendrar coisas jamais imaginadas. Torna-se, efetivamente, um “Ser Extradimensional” trabalhando com seres de outras dimensões. Você atinge o êxtase através da união de seu espírito com os espíritos de todos os outros seres. Isso é a ascensão.
Uma pessoa que ultrapasse os níveis deste plano físico, sempre em movimento e mutação, alcança a consciência do “Todo”, eterno “Não Ser”, já que como “Não-Físico”, constitui-se em parte do Todo.
O Espírito desempenha uma função específica no corpo físico de uma pessoa, pois reconhece nesta a sua personalidade, é chamado de ego. Já, quando esse mesmo Espírito adquire essa consciência do eterno “Não Ser”, ou “Eu Espiritual”, é denominado “Ser Monádico” ou “Ser Logóico”, consequente, pelo seu livre arbítrio, da automanipulação voluntária das frequências energéticas de seu corpo emocional, mental e espiritual. Ou seja uma bateria eletromagnética como a luz e as ondas de rádio.
Essa energia supradimensional, consciente de suas características, combina-se com outras para participar de uma classe mais elevada na estrutura de consciência, do seu eu e das células de seu corpo. Essa energia gera uma capacidade de percepção distinta do Universo, fonte inesgotável de gestalts de energia, tais como você e eu.
Desta forma imagine uma banda tocando uma música e conduzindo e alterando o nível de emoções de seus ouvintes, alteração de frequência, os estarão sem dúvida, conduzindo-os a uma estrutura coletiva, harmônica e complexa de energia, organizadas de acordo com o objetivo e formas de pensamento previamente concebidos.
Com esta transição planetária se desenrolando, podemos dizer que além de tudo o que crio ou destruo, essa energia mais sutil, semelhante a um pensamento que vocês possam ter, suscitam indagações interessantes a respeito das dimensões tais como a natureza do espaço e do tempo.
Chega por ora, é preciso que tudo isso seja digerido e assimilado, e que nós tenhamos consciência de nosso “Poder” como “Ser”.

Deus Todo Poderoso “O Criador”
Nossa vida é feita de insights, insights são sinais enviados pelo nosso subconsciente como resultado da articulação mental de informações contidas em nosso cérebro e no inconsciente coletivo, ou seja, essas informações estão por aí, o nosso cérebro as reúne, articula e ordena, e consequentemente forma um pensamento.
Eu tive um insight, por isto eu o transcrevo aqui:
Deus está aqui, eu o sinto na hora que respiro, na hora que escrevo, na hora que ouço minhas músicas sertanejas.
Deus está aqui, eu o vejo na hora que vejo as plantas, os animais, os rios a terra e a relva fresca.
Deus está aqui, eu senti o seu aroma na brisa fresca do mar, o seu contato na minha pele a cada gota da chuva que caia.
Deus está aqui, eu vejo isto nas estrelas, na luz da lua e nos raios de sol.
Deus está aqui, eu percebo a sua presença nos gestos e nas palavras de meus amigos.
Deus sempre esteve aqui, eu notei isto na sua presença ao meu lado, quando meu peito ardia de dor ao me lembrar de meus entes queridos que já se foram.
Deus nunca saiu de meu lado, eu percebo isto quando olho para a minha esposa e para os meus filhos, e vejo a graça que ele me concedeu.
Deus está comigo, foi ele que me permitiu reunir as evidências que sempre estiveram a minha frente, e que eu insistia em não ver.
Como eu posso pretender tê-lo a minha frente, se sequer de meu lado ele saiu, em todos estes meus 56 anos de vida.
“Meu Deus” como é forte a sua presença! Ela inunda todo o meu corpo, minha alma, meu coração e até o ar que respiro. Como pude ter tão pouca fé, se a sua presença está em tudo.
Ó meu Deus, eu lhe agradeço do fundo de meu coração por ter tido o privilégio de poder vê-lo, senti-lo, e principalmente ter a consciência que sempre esteve comigo!
“Postado no Facebook em 20/08/2011 Marco Paim de Andrade”

Das pessoas sem amor, que só trazem ódio e amargura dentro de si, não emana beleza alguma, por mais bela que seja sua aparência. As belezas da Natureza são obras de Deus. As obras de Deus são a manifestação do Amor de Deus. Portanto, o amor e o belo são um na essência.
Infelizes são os que nunca amaram: eles desconhecem o que é verdadeiramente belo. Podemos dizer que as pessoas que vivem uma vida realmente bela são aquelas que amam.
Quem conhece realmente as belezas naturais são as pessoas que amam a Natureza. Quem conhece realmente a beleza do ser humano são os que amam verdadeiramente o ser humano.
Masaharu Taniguchi
O mundo talvez ignore as dificuldades que enfrentas.
Mesmo assim, não te revoltes contra o mundo.
Deus sabe das lutas que travas na Terra.
É provável que os familiares te cerquem de incompreensão.
Mesmo assim, não te revoltes com os parentes difíceis.
Deus sabe das provas que enfrentas no lar.
É possível que a enfermidade te visite o corpo.
Mesmo assim, não te revoltes contra a doença.
Deus sabe das dores que carregas no veículo físico.
Diante das lutas, incompreensões e dores que a vida na Terra possa te apresentar,
Não te revoltes, nem desanimes.
Confia em Deus e age no Bem, porque Deus sabe o que se passa contigo,
E a ação no bem será sempre a garantia da conquista da paz imperecível.
Scheilla

Muito bem, nós chegamos lá, contemplamos a sua face, conhecemos os seus domínios, sentimos a sua presença, e pudemos experimentar um pouco de seu amor. Pudemos compreender o significado da vida, pudemos contemplar a nossa missão, e o caminho personalíssimo que teremos a frente. Tivemos em nossas vidas momentos de dor e desespero, mas conseguimos suportar e superá-los, a ajuda do altíssimo sempre esteve ali. Fomos acolhidos, recebidos em sua casa, sentimos os seus braços nos envolvendo, e nos casos mais sutis, até a delicadeza de sua tez. Recebemos seu aconchego, a sua graça e a sua benção. Mas e agora?

Vocês já assistiram ao terror e desespero no semblante de um Santo, de um anjo ou de um querubim, em uma intervenção divina objetivando salvar um ser humano seriamente acometido por uma enfermidade grave ou acidentado, com o intuito de ver salva a sua vida? Tudo, para evitar um novo processo de expiação e de reencarnação, às vezes, desnecessário. Se a sua resposta é não; então você não sabe o que é amor. Ver, nesta situação, um santo da dimensão de São José, recorrendo a ajuda de outros, em desespero e vertendo lágrimas por um semelhante nosso, e assistir este perdendo sua vida, sem nada que pudesse fazer para evitar, é sem dúvida a maior expressão de amor que alguém poderia experimentar.
Ao lado, eu deitado em uma maca, assistia a tudo e vivia a mesma situação. Mas ao meu lado, São Bernardo de Claraval e uma sua assistente viviam a mesma experiência, mas desta vez a pessoa a ser salva, era eu. Ouvi claramente as palavras de sua assistente: “estou conseguindo salvá-lo, mas seu lado esquerdo está totalmente comprometido, todas as suas conexões foram rompidas, e não estou conseguindo restabelece-las”, dizia ela a São Bernardo. Ao acordar, e voltar a consciência, pude presenciar o desespero dos médicos, que na cama ao meu lado, acabavam de perder um paciente, o mesmo que assistira perdendo sua vida nas mãos daquele Santo Ancião. Os dias se passaram, eu me restabeleci; qual a minha surpresa quando, no pós-operatório, ao reclamar das dores intensas no braço esquerdo, fui comunicado que sofrera durante minha intervenção, uma lesão do plexo braquial esquerdo, o centro de conexão nervosa que comanda todos os nervos que alcançam o braço esquerdo.
O que fazer agora, depois de tudo isto? Esta não foi uma experiência natural, mas sobrenatural. Algo que extrapola todos os limites da compreensão humana. Não posso acreditar em delírios da imaginação ou alucinação. Uma cena logicamente encadeada, jamais sonhada e imaginada e ainda carimbada com mensagens e profecias, não pode ser fruto de imaginação. Temos uma responsabilidade moral com tudo isto e um dever de retribuição. Isto deve ser compartilhado, esta experiência deve ser oferecida a outros, ela não nos pertence.

Amando o próximo e cuidando dele,
vais percorrendo o teu caminho.
Ajuda, portanto, aquele que tens ao lado
enquanto caminhas neste mundo,
e chegarás junto daquele com quem
desejas permanecer para sempre"
Santo Agostinho

Ama e faz o que quiseres. Se calares, calarás com amor; se gritares, gritarás com amor; se corrigires, corrigirás com amor; se perdoares, perdoarás com amor. Se tiveres o amor enraizado em ti, nenhuma coisa senão o amor serão os teus frutos.
Santo Agostinho

Este relato final, foi o relato de uma experiência muito profunda, onde o nível de conexão com o Plano Superior, foi muito intenso e riquíssimo em imagens. Eu me encontrava totalmente inconsciente e possivelmente sob forte sedação. Hoje em minhas orações mais intensas, continuo acessando este plano superior, experimento as mesmas sensações e sinto a presença divina também de forma muito intensa, mas não com a mesma riqueza de detalhes, só que com uma fé e convicção muito mais forte com a nova experiência vivida.
Antes. porém, de encerrar toda esta minha apresentação, volto a ressaltar a importância de Maria mãe de Jesus, como nossa intercessora junto ao seu filho; e deixo para vocês uma pergunta para que seja respondida:

Por que se consagrar à Virgem Maria? (Consagração Total a Nossa Senhora.16)

Antes de dar a sua resposta, ouça novamente o Padre Paulo Ricardo. 


  
CANTOS LITÚRGICOS QUE RECOMENDO SUA AUDIÇÃO

1.       Te Deum Laudamus – A Vós, Ó Deus – Ciebie Boga wysławiamy
Composição: Santo Agostinho
Texto original: Latim
Versão recomendada: Polonês
Com o hino de ação de graças "Nós te louvamos" e expressamos nossa gratidão a Deus pelos inúmeros favores, misericórdia, amor eterno e bênçãos recebidas.

A Vós, ó Deus
A Ti, Deus louvamos, A Ti Senhor, confessamos.
A Ti, Pai Eterno, toda terra venera.
A Ti, todos os anjos; A Ti os céus e todos as potestades;
A Ti querubins e serafins aclamam sem cessar:
Santo, Santo, Santo, Senhor Deus dos exércitos.
Cheios estão céu e terra da majestade de tua glória.
A Ti o glorioso coro dos apóstolos,
A Ti a venerável multidão dos profetas,
A Ti a legião dos mártires, louvam.
A Ti, pelo orbe terrestre, louva a Santa Igreja, Pai de imensa majestade:
A ao teu venerado, verdadeiro e único Filho;
E também ao Santo Espírito Consolador.
Tu és Rei de gloria, o Cristo.
Tu, do Pai és Filho sempiterno.
Tu, ao tornar-te homem, para libertar o homem,
não desdenhaste o seio da Virgem.
Tu, vencendo o aguilhão da morte,
abriste aos fiéis o reino dos céus.
Tu, à direita de Deus Te assentas, na gloria do Pai.
Como Juiz, cremos que regressarás.
Rogamos-te, pois, que teus servos socorras:
aqueles que com precioso sangue redimiste.
Faze com que os teus santos na glória sejam contados.
"Salve o teu povo, Senhor, e abençoa os teus herdeiros.
E dirija-os e engrandece-os para sempre.
Todos os dias te bendizemos;
E louvamos teu nome eternamente, por todos os séculos dos séculos.
Digna-te, Senhor, neste dia, guardar-nos sem pecado.
Tem piedade de nós, Senhor,
tem piedade de nós.
Faça-se a tua misericórdia sobre nós, Senhor,
do modo como a esperamos em Ti.
Em Ti, Senhor, esperarei: que eu não seja jamais confundido."

2.      Sacris Solemmis – Sagrada Solenidade
Composição: São Tomás de Aquino
Texto original: Latim
Versão recomendada: Beethoven, Libera e Robert Prizeman de 1993 baseada na “Vida e Morte de Ludwig van Beethoven
Música: baseada no 2° movimento de Beethoven, 7a Sinfonia (1770-1827). Arranjo de canto: Libera

Sagrada Solenidade
A esta sacra solenidade unamo-nos pela alegria
Corações e vozes e obras
Morram os velhos hábitos, tudo seja novo
A esta sacra solenidade de alegria
A Vós, Deus Uno e Trino
Suplicamos humildemente
Nesta sacra solenidade de alegria
Corações, vozes e obras
À morada luminosa em que habitais

3.      Invoque Maria – Regardé L’Etoille
Composição: São Bernardo de Claraval
Texto original: Francês
Versão: 2015 - Messe des étudiants – Catedral de Notre Dame – Paris
Imagem de Nossa Senhora submersa encontrada por mergulhadores

INVOQUE MARIA

E o nome da Virgem era Maria (Lc. 1, 27). Falemos um pouco deste nome que significa, segundo se diz, Estrela do Mar, e que convém maravilhosamente à Virgem Mãe. …. Ela é verdadeiramente esta esplêndida estrela que devia se levantar sobre a imensidade do mar, toda brilhante por seus méritos, radiante por seus exemplos.
Ó tu, quem quer que sejas, que te sentes longe da terra firme, arrastado pelas ondas deste mundo, no meio das borrascas e tempestades, se não queres soçobrar, não tires os olhos da luz desta estrela.
Se o vento das tentações se levanta, se o escolho das tribulações se interpõe em teu caminho, olha a estrela, invoca Maria.
Se és balouçado pelas vagas do orgulho, da ambição, da maledicência, da inveja, olha a estrela, invoca Maria.
Se a cólera, a avareza, os desejos impuros sacodem a frágil embarcação de tua alma, levanta os olhos para Maria.
Se, perturbado pela lembrança da enormidade de teus crimes, confuso à vista das torpezas de tua consciência, aterrorizado pelo medo do Juízo, começas a te deixar arrastar pelo turbilhão da tristeza, a despenhar no abismo do desespero, pensa em Maria.
Nos perigos, nas angústias, nas dúvidas, pensa em Maria, invoca Maria.
Que seu nome nunca se afaste de teus lábios, jamais abandone teu coração; e para alcançar o socorro da intercessão dela, não negligencies os exemplos de sua vida.
Seguindo-A, não te transviarás; rezando a ela, não desesperarás; pensando nela, evitarás todo erro.
Se ela te sustenta, não cairás; se ela te protege, nada terás a temer; se ela te conduz, não te cansarás; se ela te é favorável, alcançarás o fim.
E assim verificarás, por tua própria experiência, com quanta razão foi dito: “E o nome da Virgem era Maria“.
  
4.      Memorare – Lembrai-vos 
Composição: São Bernardo de Claraval
Texto original: Latim
Versão recomendada: Legendada em Português

5.      Memorare - Remember
Composição: São Bernardo de Claraval
Texto original: Latim
Versão recomendada: Legendada Inglês
Singers: Marisa Andrews
Music: Brian Colaço

6.      Tantum Ergo Sacramentun – Ó Sacramento Tão Sublime
Composição: São Tomás de Aquino
Texto original: Latim
Versão recomendada: Em Português
Música: Ofertório do domingo de ramos
Execução: Monges da Abadia da Ressurreição e Irmã Kelly Patricia

7.      Nom Nobis Domine
Composição: São Bernardo de Claraval
Texto original: Latim
Versão recomendada: Original
Catedral de Santiago Bilbao
Este hino deriva do Salmo 115:1
“Não a nós Senhor, não a nós, mas tudo pela honra e glória de seu nome”.
8.     Magnificat
Composição: Desconhecido
Fonte: O texto vem do Evangelho Lucas (Lucas 1:46-55)Texto original: Latim
Versão recomendada: Legendada em Português
Cantora: Mina
Corale della Pastorale Giovanile Diocesana di Catania

MAGNIFICAT


A minh’alma engrandece o Senhor,
exulta meu espírito em Deus, meu Salvador!
Porque olhou para a humildade de sua serva,
doravante as gerações hão de chamar-me de bendita!

O Poderoso fez em mim maravilhas,
e Santo é seu nome!
Seu amor para sempre se estende,
sobre aqueles que O temem!

Manifesta o poder de seu braço,
dispersa os soberbos;
derruba os poderosos de seus tronos
e eleva os humildes;
sacia de bens os famintos,
despede os ricos sem nada.

Acolhe Israel, seu servidor,
fiel ao seu amor,
como havia prometido a nossos pais,
em favor de Abraão e de seus filhos para sempre!

Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo,
como era no princípio, agora e sempre
Amém!

9.      Tota Pulcra es Maria

Composição: São Bernardo de Claraval
Versão Original: Latim
Versão: Padre José Maurício Nunes Garcia (1767-1830), Sacerdote e compositor brasileiro considerado um dos maiores compositores de América de seu tiempo.
Composição de 1783 aos 16 anos de idade

Tota pulchra

Tu és toda formosa, Maria
E a mancha original não há em ti.
Sua roupa é branca como a neve, e seu rosto é como o sol.
Tu és toda formosa, Maria,
E a mancha original não há em ti.
Você é a glória de Jerusalém, és a alegria de Israel, tu és a honra do nosso povo.
Tu és toda formosa, ó Maria.

10.  Dies Irae
Composição: São Bernardo de Claraval, sua inspiração, contudo, parece vir da Bíblia, Sofonias 1,15–16, da tradução para o latim da Vulgata.
Hino litúrgico: O uso principal é dentro da liturgia do Réquiem, como Sequência, na tradicional missa católica para os mortos.
Dies Irae distingue-se na apoteose, do Requiem de MozartVerdi e Nunes Garcia.
Versão de Mozart: Em latim com legendas em português.

11.  
Requiem

Composição: Padre José Maurício Nunes Garcia 1816
Versão: Original em Latim

Réquiem: em ré menor (K. 626) é uma missa fúnebre do austríaco Wolfgang Amadeus Mozart, de 1791, encomendada pelo Conde Franz von Walsegg, e deixada incompleta devido à morte de Mozart em 5 de dezembro de 1791. Mais tarde, foi completada por amigos e discípulos do compositor.

Em 1816, o Padre José Maurício Nunes Garcia, dirigiu, na igreja da Ordem Terceira do Carmo do Rio de Janeiro, um Réquiem, de sua autoria, em homenagem a Rainha Maria I de Portugal, morta naquele ano.
Em dezembro do mesmo ano, chegou a corte brasileira o compositor austríaco Sigismund Neukomm, aluno, ao lado de Beethowen, do compositor Michael Haydn. Seu objetivo era conhecer a obra de Nunes Garcia. Sigismund, o considerou como o maior improvisador que o mundo já conheceu. Ele foi, também, o responsável pela divulgação de Haydn e Mozart no Brasil.

12.  São Francisco de Assis
Composição: São Francisco de Assis
Interpretação: Fagner 2014
Versão: Português



Este meu trabalho contou com parte do acervo de frases disponíveis em “O Despertar da Consciência” de Lobsang Rampa.

FIM

  A FAMÍLIA E A GENEALOGIA DE SÃO BERNARDO DE CLARAVAL   Em nosso Blog “SãoBernardodeClaraval-doPaim” , divulgamos a vida e obra de São ...